Tentar mostrar o futuro aos visitantes foi a aposta dos cerca de 2.000 expositores.
A inteligência artificial, a realidade aumentada ou os avanços da tecnologia 5G protagonizam a edição deste ano da maior feira de telecomunicações do mundo, que arrancou esta segunda-feira em Barcelona marcada também pela reabertura da China após a pandemia.
A World Mobile Congress (WMC), que se realiza anualmente em Barcelona desde 2006, mantém o nome de origem, mas em 2023 não são novos aparelhos ou tecnologias de telemóvel que chamam a grande atenção das mais de 80 mil pessoas esperadas no evento.
Este ano, mais de metade desses 80 mil visitantes esperados na MWC não estão ligados ao mundo dos telefones móveis, segundo a organização, e esta World Mobile Congress coincide com um momento de retração do mercado dos designados telemóveis 'smartphone', cujas vendas caíram 11,3% em 2022, para 1,21 mil milhões de unidades.
A 18.ª edição da Mobile World Congress tem como lema a palavra "Velocity" ("velocidade") e foca-se em temas como "a aceleração do 5G", os serviços financeiros tecnológicos ('fintech'), a realidade aumentada, redes abertas (OpenNet) e indústria 4.0 (também conhecida como quarta revolução industrial e relacionada com o aumento da interconectividade e a inteligência artificial).
A aposta dos cerca de 2.000 expositores, que se estendem por 240 mil metros quadrados, parece ter sido tentar mostrar o futuro aos visitantes ou aquilo que as empresas tecnológicas adivinham que será o futuro, mais ou menos próximo, mas sempre digital e tecnológico, em termos de transportes, videojogos ou produção industrial.
Passear pelos corredores da feira de Barcelona por estes dias é sinónimo de cruzar com uma espécie de cão robô, de ver um humanoide rodeado de humanos curiosos ou de entrar num simulador de voo para testar uma nova tecnologia de inteligência artificial e realidade aumentada.
Desses 2.000 expositores na MWC, 150 são de empresas chinesas, que este ano regressam à feira com a recente reabertura da China depois da pandemia de covid-19.
O número de visitantes oriundos da Ásia deverá aumentar em 25% em relação ao ano passado e só da China deverão ter viajado entre 4.000 e 5.000 pessoas para estar na MWC de Barcelona, um evento organizado pela Associação Mundial de Operadores Móveis (GSMA, na sigla em inglês).
Ainda assim, o número total de visitantes ficará aquém dos 109 mil que passaram pela MWC em 2019, a última edição antes da pandemia.
É precisamente uma empresa chinesa, o 'gigante tecnológico' Huawei, que tem o maior 'stand' da WMC, um espaço de 11 mil metros quadrados que é também um recorde na história desta feira, segundo a organização.
Por causa de sanções dos Estados Unidos e outros países, justificadas com questões de segurança e possibilidade de espionagem chinesa, o negócio das telecomunicações móveis da Huawei (em especial, os 'smartphones') foi especialmente afetado nos últimos anos.
O 'stand' do gigante chinês continua a ter uma secção dedicada aos telemóveis, mas dentro do espaço, as visitas guiadas a jornalistas e outros visitantes e convidados mostram como a empresa continua a crescer, e em vários continentes, noutras dimensões, ligadas ao desenvolvimento da tecnologia 5G, à construção de infraestruturas de transmissão ou à produção e armazenamento de energia a partir de fontes renováveis.
Numa iniciativa prévia ao arranque da feira, no domingo à tarde, a Huawei convidou parceiros e jornalistas para sublinhar que tem um "compromisso com a investigação e desenvolvimento tecnológico e antecipação do progresso" baseado na sustentabilidade, na eficiência energética e na proteção ambiental.
"Na última década, a Huawei investiu mais de 115 mil milhões de euros em Investigação & Desenvolvimento, com mais de 45 mil patentes familiares autorizadas (mais de 110 mil peças) válidas em todo o mundo, sendo mais de 90% das patentes de invenção, e o seu valor de patente plenamente reconhecido pela indústria", destaca a empresa, num comunicado distribuído aos jornalistas.
Como na generalidade da WMC deste ano, a tecnologia 5G é protagonista no 'stand' da Huawei, tanto naquilo em que é já realidade, como na dimensão em que é ainda uma promessa que as empresas trabalham para tornar realidade.
A estimativa dos peritos e da indústria é que as redes de transmissão e comunicação 5G abranjam um terço da população mundial em 2025, estando a tecnologia já incorporada em inovações relacionadas com a saúde, a automação, a aviação, a produção industrial ou os videojogos, como se pode já comprovar nos corredores da World Mobile Congress de 2023.
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