Estima-se que a quadrilha tenha movimentado pelo menos 226 milhões de euros em três anos com a venda ilegal de armas.
Numa ação conjunta com autoridades do Paraguai e dos EUA, a Polícia Federal brasileira desencadeou, na madrugada desta terça-feira, uma megaoperação para prender membros de uma quadrilha internacional suspeita de ter vendido nos últimos três anos mais de 43 mil armas de guerra às duas maiores fações criminosas do Brasil. Até às 10h30 de Brasília, 13h30 em Lisboa, cinco suspeitos já tinham sido presos no Brasil e 11 no Paraguai, entre eles um general que até há pouco tempo ocupava um alto cargo na força aérea paraguaia.
De acordo com a Polícia Federal, que ao lado de agentes do Paraguai e dos EUA montou uma "sala de guerra" em Brasília para acompanhar o desenvolvimento da operação internacional, a quadrilha de contrabandistas de armas tinha sede no Paraguai e era comandada por um argentino, identificado pelas autoridades brasileiras como Diego Hernan Dirísio, alvo de um dos mandados de captura, mas que até à referida hora não tinha sido localizado. Na casa dele no Paraguai, invadida esta manhã por agentes federais brasileiros e paraguaios, foi encontrado um grande arsenal de armas de alto poder ofensivo.
Ao todo, a Polícia Federal está a tentar cumprir, somente no Brasil, 25 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 54 de busca e apreensão. Os agentes vão continuar a caça aos criminosos em quatro estados do Brasil, em várias partes do Paraguai e nos EUA, onde a organização criminosa branqueava o imenso lucro da atividade ilegal.
Estima-se que a quadrilha tenha movimentado pelo menos 226 milhões de euros em apenas três anos com a venda ilegal de armas para o Brasil. Os principais clientes da organização criminosa internacional eram o PCC, Primeiro Comando da Capital, maior fação criminosa de São Paulo e do Brasil, e o CV, Comando Vermelho, maior fação criminosa do Rio de Janeiro.
A investigação apurou que a quadrilha adquiria grande quantidade de armas, entre elas fuzis, rifles, metralhadoras e pistolas de grosso calibre, além de muita munição, a fabricantes de países europeus, nomeadamente a República Checa, a Croácia, a Eslovénia e a Turquia. No Paraguai, as armas tinham a numeração de série raspada e eram entregues a outro grupo criminoso, que atua na região da fronteira entre o Brasil e o Paraguai, e que, por sua vez, as faziam entrar em território brasileiro e chegar até às duas maiores fações do crime organizado no país.
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