Doença está presente em 17 das 26 províncias do país, incluindo Kinshasa, onde se situa a capital.
Pelo menos 950 pessoas morreram de cólera na República Democrática do Congo (RDCongo) desde janeiro, devido à intensificação da epidemia, segundo a ONU, que pediu também uma resposta urgente para mitigar o surto.
"Até à data, as autoridades de saúde reportaram mais de 38 mil casos suspeitos e quase 950 mortes desde janeiro; este número excede o total de casos e mortes por cólera do ano passado", relatou a porta-voz adjunta do Secretário-Geral da ONU, Stéphanie Tremblay.
A doença está presente em 17 das 26 províncias do país, incluindo Kinshasa, onde se situa a capital.
As autoridades congolesas e várias organizações não governamentais (ONG) têm procurado conter a propagação da epidemia com uma campanha, lançada no início do julho, que visa vacinar três milhões de pessoas em quatro províncias até ao final do mês.
Só em Kinshasa, mais 750 mil dólares (640 mil euros) foram atribuídos na quinta-feira ao Fundo Central de Resposta a Emergências da ONU para fazer face a 1.500 casos suspeitos e pelo menos 120 mortes desde meados de abril.
Este novo financiamento junta-se a outros já aprovadas para as províncias de Kivu do Norte, Maniema e Tshopo.
Entre as causas da propagação da cólera estão falhas no abastecimento de água potável e nos serviços de saneamento e higiene, o que representa um desafio para as ONG na realização de intervenções de saúde.
A ONU alertou ainda para as complicações que podem surgir a partir de setembro, com o início da estação das chuvas, instando os doadores e os países a garantirem financiamento urgente "para reforçar as respostas de saúde e lidar com as deficiências críticas nos serviços de água, saneamento e higiene".
Desde o início de 2025, África registou 197.650 infeções por cólera, incluindo 4.072 mortes. A epidemia alastrou já a 21 países africanos e alguns dos mais afetados pela epidemia são Angola, a RDCongo, o Sudão e o Sudão do Sul.
Na quinta-feira, a agência de saúde pública da União Africana alertou que os conflitos são o principal desafio para combater a epidemia de cólera no Sudão e no Sudão do Sul, que .
"A situação da cólera é muito alarmante, embora haja algumas reduções [nos casos e mortes] na maioria dos países", disse o diretor-adjunto de incidentes dos Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças, Yap Boum, numa conferência de imprensa virtual.
Embora o Sudão esteja a registar um declínio nos casos, a taxa de vacinação contra a doença no país continua a ser "muito baixa", com 5,6%, lamentou Yap Boum.
A cólera é uma doença diarreica aguda causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados com a bactéria 'Vibrio cholerae' e está principalmente associada a más condições sanitárias e a um acesso limitado a água potável.
Embora seja uma doença tratável que afeta tanto crianças como adultos, pode ser letal se não for tratada a tempo.
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