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Paris barricada contra nova onda de violência

Mais de 80 mil polícias mobilizados em todo o país para nova jornada de protesto dos ‘coletes amarelos’.

08 de dezembro de 2018 às 01:30
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Reportagem da CMTV mostra Paris a preparar-se para protestos dos coletes amarelos

Metro encerrado, lojas barricadas, atrações e museus fechados e eventos desportivos cancelados. Paris é esta sexta-feira uma cidade em estado de sítio antes de mais uma jornada de protesto dos ‘coletes amarelos’, temendo-se a repetição dos motins da semana passada, quando milhares de manifestantes atacaram as forças de segurança, saquearam lojas e vandalizaram monumentos numa explosão de violência sem precedentes.

Mais de 80 mil polícias estão mobilizados em todo o país, mas o dispositivo de segurança mais impressionante foi montado na capital, onde estão previstos os protestos mais violentos apesar do recuo do governo, que no final da semana anunciou o cancelamento do aumento dos combustíveis que esteve na origem da contestação.

"Os protestos das últimas semanas criaram um monstro", admitiu o ministro do Interior, prometendo que a polícia "não terá qualquer tolerância" para com atos violentos.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros aconselhou os portugueses em Paris a evitarem "deslocações desnecessárias" na cidade face ao risco de violência. 

Pelo menos 278 detidos em Paris antes do início da manifestação

As autoridades temem o regresso dos tumultos urbanos em Paris pelo que reforçaram os controlos nas estações e realizaram buscas sistemáticas junto aos locais de concentração.

Os "coletes amarelos" voltam a sair hoje às ruas em Paris, numa ação que levou as autoridades francesas a adotarem múltiplas medidas preventivas, designadamente o reforço policial nas ruas, que envolve o desdobramento de mais de 90 mil agentes.

Indignação com menores algemados

Um vídeo que mostra dezenas de menores algemados pela polícia num liceu de Mantes-La-Joulie, nos arredores de Paris, está a causar indignação em França.

As autoridades defendem-se, afirmando que a ação foi necessária para identificar e deter mais de uma centena de radicais armados com barras de ferro e engenhos incendiários que se infiltraram nos protestos estudantis para atacar as forças de segurança e incendiar viaturas.

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