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Pilotos falham comunicação por três vezes

Controladores tentaram três vezes falar com pilotos sem sucesso.

26 de março de 2015 às 08:13

Um dia depois da tragédia que matou 150 pessoas nos Alpes franceses, as causas da queda do Airbus A320 da Germanwings permanecem um mistério. Os investigadores examinaram a primeira caixa negra recuperada, a que contém as gravações de voz do cockpit, e descartam a possibilidade de uma explosão do aparelho em voo. Soube-se, entretanto, que por três vezes a torre de controlo da Provença tentou contactar os pilotos e não teve resposta.

"Temos o som das vozes e até o impacto", afirmou Rémi Jouty, diretor do gabinete de investigação e análise (BEA), frisando "que é preciso tempo para identificar a quem pertencem as vozes" da gravação, análise que levará alguns dias.

"Não posso dizer se os pilotos estavam conscientes" na altura do acidente, afirmou ainda Rémi, adiantando que, embora seja cedo para tirar conclusões, o facto de os fragmentos do avião serem tão pequenos "não é característico de explosão em voo".

Por razões misteriosas, os pilotos não deram sinal de alarme quando confirmaram as últimas instruções do controlo de voo, referiu fonte anónima. Mais estranho ainda é que, pouco depois, quando se verifica que o avião perde 3500 pés (mil metros) de altitude por minuto, passando dos 38 mil pés (11 mil metros) para uma perigosa proximidade das montanhas, não respondem a pedidos insistentes de contacto. No último sinal de radar, o avião foi detetado a 6800 pés (cerca de 2000 metros), altitude a que estão os destroços.

Perante estas incógnitas, ponderam-se várias explicações, como a despressurização do cockpit por rutura de vidros, emanações tóxicas ou ainda atentado terrorista.

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