Irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso por corrupção, é aliado próximo do Presidente.
A Polícia Federal brasileira invadiu esta segunda-feira, com autorização do Supremo Tribunal Federal, o gabinete do deputado Lúcio Vieira Lima no parlamento, em Brasília. As buscas estenderam-se às residências do político na capital federal e em Salvador, capital do estado da Bahia, de onde o parlamentar é natural. Lúcio Vieira Lima, do PMDB, mesmo partido do presidente Michel Temer, é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, preso desde o mês passado por corrupção.
A acção da Polícia Federal nesta segunda é um desdobramento da Operação Tesouro Perdido, desencadeada em Setembro e que levou à prisão de Geddel depois de agentes terem encontrado 13,7 milhões de euros em dinheiro vivo escondido em caixas de papelão e malas num apartamento de Salvador. O dinheiro, segundo a Polícia Federal oriundo de corrupção, seria de Geddel, mas o apartamento onde foi localizado tinha sido emprestado por um amigo comum ao irmão deputado alvo da operação desta segunda-feira.
Além disso, exames realizados por peritos do Instituto de Criminalística da PF detectaram impressões digitais de Lúcio Vieira Lima no apartamento usado como "bunker" pelo irmão. Para complicar ainda mais a situação do parlamentar, em vários maços de dinheiro encontrados no apartamento foram detectadas também impressões digitais de Job Ribeiro Brandão, secretário parlamentar de Lúcio Vieira Lima.
Os mandados obtidos pela Polícia Federal para esta acção não incluiram a prisão do deputado, até porque no Brasil um parlamentar em exercício de mandato só pode ser preso em flagrante, mas Lúcio Vieira Lima vai ser intimado a prestar esclarecimentos à Procuradoria-Geral da República. Ele e o irmão são amigos e aliados de longa data de Michel Temer, e Geddel foi apontado por "arrependidos" que passaram a colaborar com a operação anti-corrupção Lava Jato como um intermediário no envio de dinheiro de "luvas" para o próprio presidente.
A operação desta segunda-feira da Polícia Federal foi a primeira grande acção anti-corrupção desencadeada sob o mandato da nova Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, que em Setembro substituiu o antigo PGR, Rodrigo Janot. Dodge foi escolhida pessoalmente por Temer, que para isso desprezou o procurador mais votado pelos membros do Ministério Público de todo o Brasil, que era ligado a Janot, mas, ao contrário do que muita gente temeu, não está a deixar de investigar casos em que Temer é suspeito ou em que aliados do seu grupo político o são.
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