Aragonès assegura que a amnistia de independentistas "será uma realidade".
O presidente do governo regional catalão disse esta terça-feira que o presidente do Partido Popular de Espanha, Alberto Núñez Feijóo, não será primeiro-ministro porque "será derrotado pela Catalunha" e assegurou que a amnistia de independentistas "será uma realidade".
"A Catalunha tem a chave da governabilidade do Estado" e "Feijóo fracassará porque a Catalunha o derrotará", disse Pere Aragonès, também dirigente do partido independentista Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), no arranque de um debate no parlamento autonómico.
Aragonès falava duas horas antes de em Madrid, no parlamento nacional, arrancar a sessão em que o líder do Partido Popular (PP, direita) tentará ser investido primeiro-ministro, na sequência das eleições espanholas de 23 de julho, embora o próprio Feijóo reconheça que não conta com apoios suficientes.
Os partidos independentistas catalães negoceiam com o líder do Partido Socialista (PSOE) a recondução de Pedro Sánchez como primeiro-ministro e Aragonès reiterou hoje que a amnistia de dirigentes da Catalunha envolvidos na tentativa de autodeterminação de 2017 "será uma realidade, passará e é inevitável".
Mas a amnistia "não é um ponto final, é o ponto de partida" para "deixar o passado atrás e começar a falar do futuro", nomeadamente, da possibilidade de os catalães votarem num referendo sobre a independência, acrescentou.
Aragonès defendeu que os partidos independentistas, de que Sánchez depende para continuar a ser primeiro-ministro, têm de aproveitar "a oportunidade e a força" que lhes deu as urnas para "resolver o conflito da Catalunha com o Estado", o que passa pelo reconhecimento do direito a um referendo.
O presidente do governo catalão defendeu que, neste contexto, durante a nova legislatura espanhola têm de ser estabelecidos os termos de realização de um referendo sobre a independência da região, que Sánchez tem de assumir esse compromisso e apelou à unidade dos partidos separatistas.
O outro partido catalão que negoceia com os socialistas a viabilização de um novo governo de Sánchez é o Juntos pela Catalunha (JxCat), do antigo presidente da região Carles Puigdemont, que vive na Bélgica desde 2017 para fugir à justiça espanhola.
Se se confirmar o fracasso da investidura de Feijóo, no final desta semana, o Rei de Espanha, Felipe VI, deverá indicar novo candidato a primeiro-ministro, com Sánchez a afirmar repetidamente que está disponível e que tem condições para reunir os apoios necessários.
Sánchez, que até às eleições de 23 de julho passado negou a possibilidade de haver uma amnistia, não tem negado desde então que isso possa acontecer, prometendo esclarecer a sua posição depois da "investidura falhada" de Feijóo.
O líder do PSOE tem, porém, insistido em que será coerente com o que fez na última legislatura, em que indultou independentistas catalães condenados e alterou o Código Penal em benefício de outros que estão acusados pela justiça, mas ainda não foram julgados.
MP // APN
Lusa/Fim
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