Vladimir Putin falou pela primeira vez ao país desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou esta quarta-feira, a primeira mobilização militar russa desde a segunda Guerra Mundial. A "mobilização parcial" inclui todos os cidadãos que já fizeram serviço militar ou que têm competências militares especiais.
No primeiro discurso que fez à nação desde o início da invasão da Rússia à Ucrânia, Putin alertou que caso a capital do país, Moscovo, enfrente uma ameaça nuclear do ocidente, a cidade irá defender-se com todo o arsenal que possui.
"Se a integridade territorial do nosso país estiver ameaçada, sem dúvida que usaremos todos os meios disponíveis para proteger a Rússia e o nosso povo - isto não é bluff", assegurou o chefe de Estado na mensagem de 15 minutos transmitida na televisão. "Aqueles que estão a tentar chantagear-nos com armas nucleares devem saber que o vento pode mudar na sua direção", avisou ainda.
Do outro lado da guerra, o assessor do presidente ucraniano Zelensky, Mykhailo Podolyak, referiu que a mobilização da Rússia foi um passo "previsível" que se mostrará extremamente impopular, ressaltando que a guerra não está a ir de acordo com o plano de Moscovo.
Por sua vez, Putin adiantou que o Ocidente está a planear destruir a Rússia, dando apoio explícito aos referendos que vão realizar-se nos próximos dias em regiões da Ucrânia controladas por tropas russas. Em causa está a integração na Rússia dos territórios de Lugansk, Donetsk, Kherson e Zaporizhia.
Na rede social Twitter, a embaixadora dos Estados Unidos da América na Ucrânia, Bridget Brink, referiu que "referendos falsos e mobilização, são sinais de fraqueza, de fracasso russo".
Pela primeira vez em seis meses houve uma atualização sobre o número de baixas das tropas de Moscovo. O ministro da defesa russo, Sergei Shoigu, revelou que 5397 soldados foram mortos desde o início da guerra. Ao contrário das afirmações de Kiev e do ocidente, Shoigu negou que a Rússia tenha sofrido grandes perdas, anunciando que 90% dos soldados russos feridos regressaram à linha da frente do combate.
Ainda nesta quarta-feira, a Alemanha nacionalizou o maior importador alemão de gás russo, a Uniper, depois de um resgate anterior de muitos milhões de euros não ter conseguido manter à tona a empresa. O aumento dos preços do petróleo devido à mobilização militar parcial determinada por Putin também contribuiu para a decisão.
O anúncio da mobilização e da ameaça nuclear de Putin provocaram a queda de ações, ao contrário do dólar e de títulos do governo. O rublo, a moeda oficial da federação russa, desvalorizou, atingindo mais de dois meses de baixa. O mesmo aconteceu com os mercados de ações russos que caíram cerca de 10% na abertura.
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