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Seis anos de cadeia para cardeal Pell por pedofilia

Juiz afirmou que o antigo conselheiro do Papa Francisco não revelou remorsos.

14 de março de 2019 às 09:02

O cardeal australiano George Pell, antigo conselheiro do Papa Francisco, foi esta quarta-feira condenado em Victoria, Austrália, a seis anos de cadeia por abuso sexual de dois menores em 1996 e 1997. Pell, de 77 anos, é o mais alto prelado católico condenado por pedofilia.

"A sua conduta revelou uma inacreditável arrogância", afirmou o juiz Peter Kidd, referindo ainda que Pell mostrou durante o julgamento uma "total falta de contrição ou remorso".

Ao descrever os crimes, o juiz destacou que Pell usou do seu poder enquanto arcebispo de Melbourne para abusar dos meninos de 13 anos, acólitos na catedral daquela cidade australiana: "Chegou a dizer-lhes para não fazerem barulho porque estavam a chorar."

O juiz afirmou que só não aplicou uma pena mais pesada porque teve em consideração a idade avançada do prelado, que só poderá sair em liberdade condicional após três anos e oito meses de prisão efetiva.

A sentença de ontem seguiu-se à condenação do mês passado, quando um júri deu como provado que o cardeal penetrou um menor após uma missa na catedral de Melbourne e que cometeu outros quatro crimes de ato indecente com menores.

A defesa do cardeal Pell contesta o veredito, alegando que dependeu excessivamente do testemunho de uma das vítimas. A outra morreu de overdose em 2014.

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