Rejeição do decreto no Senado foi, mais do que uma derrota do Governo, uma derrota pessoal de Jair Bolsonaro.
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O Senado brasileiro chumbou pela segunda vez, ao início da madrugada desta quarta-feira, o decreto do presidente Jair Bolsonaro que flexibiliza a permissão para milhões de cidadãos comuns andarem armados, até com rifles de uso militar. A rejeição ao chamado decreto das armas foi confirmada em votação no plenário do Senado, composto por 81 senadores, com 47 votos contra a flexibilização e 28 a favor.
Há pouco mais de uma semana, o mesmo decreto já tinha sido rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Nessa comissão, o relator, pró-Bolsonaro, apresentou parecer favorável à flexibilização das armas, no entanto esse parecer foi reprovado pela maioria dos membros da CCJ, que, no mesmo dia, aprovaram um parecer substituto contrário ao armamento da população civil, documento que agora foi referendado no plenário da casa.
Agora, o decreto das armas vai para análise na Câmara dos Deputados, que terá a palavra final sobre o assunto, a principal bandeira de campanha de Bolsonaro, que tinha como símbolo a mão fechada, representado uma arma.
Tudo pode acontecer, dependendo de acordos e pressões de última hora, mas a tendência esta quarta-feira é que o polémico decreto seja rejeitado também na Câmara dos Deputados, cujo presidente, deputado Rodrigo Maia, já declarou que o documento é inconstitucional e totalmente absurdo, pois não é permitindo aos civis que andem armados que se vai garantir mais segurança.
Derrota pessoal
A rejeição do decreto no Senado foi, mais do que uma derrota do Governo, uma derrota pessoal de Jair Bolsonaro. O presidente fez apelos insistentes à aprovação do decreto, orientou os seus seguidores nas redes sociais a pressionarem os senadores e, ao longo desta terça-feira, telefonou pessoalmente para vários parlamentares a pedir a aprovação da medida, o que não conseguiu.
Pelo decreto de Jair Bolsonaro, dezenas de milhões de cidadãos comuns poderão comprar qualquer tipo de arma e andar com ela nas ruas, e adquirir cinco mil projéteis por ano, número considerado totalmente estapafúrdio até por aliados do presidente.
Na versão original, o decreto permitia até a aquisição por qualquer pessoa de rifles de alto poder ofensivo até agora exclusivos das forças militares.
Após críticas generalizadas, uma nova versão do decreto foi apresentada e agora só os moradores em áreas rurais e cidades isoladas poderão ter uma arma desse tipo, o que não invalida fraudes e o aumento do poder de fogo das grandes quadrilhas.
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