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Theresa May ataca Blair por pedir novo referendo

Chefe de governo em funções acusa o antigo líder trabalhista de pôr em causa o seu trabalho.

17 de dezembro de 2018 às 01:30

A primeira-ministra britânica em exercício, Theresa May, acusou Tony Blair, antigo líder de governo trabalhista do Reino Unido, de pôr em causa as negociações do Brexit ao fazer campanha pela realização de um novo referendo sobre a saída do país da União Europeia (UE).

"Ir a Bruxelas e procurar minar as nossas negociações ao defender um segundo referendo é um insulto ao cargo que ele mesmo em tempos ocupou e às pessoas que já serviu", afirmou May, com uma contundência que surpreendeu muitos observadores.

Blair respondeu à crítica, alegando que um novo referendo não é um insulto aos eleitores. "Longe de ser antidemocrático, seria o oposto, como, na verdade, muitas figuras destacadas do seu partido têm dito", afirmou o antigo PM britânico.

Este crescendo de tensão surge depois de May ter adiado a votação do acordo de Brexit no parlamento britânico para evitar uma derrota que poderia precipitar a queda do governo. Venceu depois uma moção de censura no seu partido e fez um périplo infrutífero por capitais europeias em busca de apoios para alterar o acordo firmado com a UE para aplacar a ala eurocética do Partido Conservador.

Membros do governo saíram em defesa de May e da oposição a nova consulta sobre o Brexit. Liam Fox, ministro do Comércio, considerou que fazer outro referendo criaria um problema: "Pergunto-me por que não fazer três referendos. Onde é que isso iria parar?"

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