Primeira-ministra britânica resiste a pressões do seu partido e a uma onda de demissões no governo.
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A primeira-ministra britânica, Theresa May, prometeu esta quinta-feira continuar a lutar pelo acordo de Brexit que assinou com a União Europeia (UE), desafiando a oposição do seu Partido Conservador e do próprio governo que lidera. Um dia depois de assinado o acordo, o ministro do Brexit, Dominic Raab, e a ministra do Trabalho, Esther McVey, demitiram-se, sendo seguidos por dois secretários de Estado, dois conselheiro do governo e ainda um vice-presidente conservador.
"Vou liderar este processo. Não penso demitir-me", afirmou May, em tom de desafio, numa conferência de imprensa que convocou para afastar rumores. "Estou convencida de que consegui o melhor acordo para os interesses nacionais", rematou, sobre o polémico documento que levou os deputados, entre eles a ala dura conservadora, a crucificarem-na durante três horas no parlamento.
"Não consigo conciliar os termos do acordo com as promessas que fizemos nas últimas eleições", afirmou Raab, cujas propostas representam boa parte do acordo com a UE.
"Não resta qualquer autoridade a May e é claramente incapaz de levar até ao fim um Brexit que nem o seu governo apoia", afirmou Jon Trickett, do Partido Trabalhista.
Críticas igualmente duras chegaram dos norte-irlandeses do DUP, que ameaçam tirar o apoio ao governo.
Rees-Mogg avança para moção de censura
O líder da ala eurocética do Partido Conservador de May, Jacob Rees-Mogg, disse ter entregado uma carta a pedir uma moção de censura contra a líder de governo e instou outros a fazerem o mesmo. As regras ditam que a liderança do partido só pode ser desafiada quando 48 conservadores pedirem a moção por carta. Caso May perca, é demitida e é eleito um substituto para terminar o mandato, não sendo certo que haja eleições antecipadas.
UE alerta para um longo caminho
O negociador do Brexit pela UE, Michel Barnier, frisou que há ainda "um longo caminho" a fazer até o acordo firmado com o Reino Unido ser realidade, mas considerou que é "um acordo justo", que toma em conta as necessidades britânicas e abre caminho "a uma parceria ambiciosa".
PORMENORES
Chumbo anunciado
Apesar da determinação de May, a mobilização dos críticos no governo e na oposição parece indicar que o acordo firmado com a UE não será aprovado no parlamento britânico a 18 de dezembro. Se for chumbado, isso pode ditar a queda de May.
Separatismo escocês
A PM escocesa, Nicola Sturgeon, afirmou esta quinta-feira que as divisões causadas pelo acordo assinado com a UE reforçam a pretensão da Escócia de realizar um novo referendo à independência. "Tudo depende do que sair deste caos", afirmou Sturgeon.
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