Sempre avançado para o meu tempo, como de costume, preparo já a minha candidatura a Belém e declaro iniciada a campanha eleitoral para as Legislativas que, como sugeri ao meu efémero antecessor, serão a 18 de maio. Maio é um bonito mês para eleições. Está bom tempo. As pessoas têm vontade de sair de casa, mas ainda não se atrevem a ir à praia, por isso é um mês mobilizador. É o mês do Dia da Mãe, e é sempre bom votarmos a pensar na nossa mãe. Votar a pensar nos nossos filhos já se viu que não resulta. E votarmos a pensar na nossa cara-metade ainda pior. Podemos estar enxofrados naquele dia e ainda pomos a cruzinha num quadradinho que seja só para a desgraça. Tipo: “Eu lixo-me, mas ele/ela também não se fica a rir.” Não é mesmo nada boa ideia votarmos zangados. Se um português com maus vinhos fosse Presidente de um país com armas nucleares, já o mundo tinha talvez ido para o galheiro. “Ai, o árbitro marcou um penálti mal marcado? Eu já te dou o arroz.” Não gosto de criticar os portugueses, porque isso implica criticar-me também a mim, mas somos demasiado temperamentais. Veja-se o Parlamento. Embora haja lá bons microfones, mercê das maravilhas da tecnologia, continuam a gritar como se estivessem no Bolhão. Não havia necessidade. E peço desde já desculpa a Pedro Abrunhosa, que também é do Porto, mas em vez de gritar, sussurra, por usar uma frase sua. Não havia mesmo necessidade.
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A vida é uma celebração quotidiana, e a sua melhor oração são os bons dias dados à vizinhança.
E agora? Afetará isto o nosso turismo, essa monocultura que eucalipta o país?
Eu amava a Eulália, o lambão diz amar 571 mil pessoas
A nossa tragédia é que o governo nos representa até demasiado bem.
Infelizmente, as anedotas não são só para rir, às vezes também são para chorar.
É que nem tentavam esconder que tinham acabado de dar uma vespertina cambalhota.
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