Felizmente não vimos imagens diretamente das vítimas, num pudor informativo que todos agradecemos, mas há várias imagens terríveis que apareceram por estes dias na televisão e nos jornais. As imagens da pilha de destroços na Calçada da Glória, de um elétrico que subitamente parece ter perdido volume e diminuído brutalmente de tamanho, é uma delas. É essa, aliás, a definição de acidente, quando nele estão envolvidas máquinas que se movem: a brutal perda de tamanho ou, então, destroços espalhados por uma enorme área. Uma máquina que fica amolgada, que ocupava um volume compacto e, de repente, se comprime, diminui para metade do comprimento e dilui-se como algo que perdeu por completo as suas referências físicas e sólidas. Essa imagem é tenebrosa se pensarmos que quase quarenta humanos iam dentro do elevador. Para onde foram esses corpos que, quando vemos as imagens do estado do elétrico, parecem ter evaporado, desaparecido? o acidente faz isto: transforma vida humano e metal em destroços que muitas vezes são inseparáveis e indistinguíveis. O horror de uma tragédia vem, muitas vezes, da visão dos corpos mortos e feridos. Neste caso, muito do horror veio de nem sequer percebermos como podia haver espaço para alguns corpos continuarem ali dentro.
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As sirenes começam a tocar na Europa. Vem aí, claramente, uma corrida de 100 metros em direção ao armamento.
Cada micro-país clubístico poderia comprar canhões e obuses e bombardear a sério o território clubístico vizinho.
Quando dos dois lados há tanta desconfiança sobre a possibilidade de minas e armadilhas deixadas pelo outro – minas e armadilhas que podem ser jurídicas – dos dois lados se diz para o outro avançar.
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