A minha sobrinha Maria Luísa, a eleitora esquerdista da família, diz que escrevo pouco sobre Dona Ester, minha mãe – o que é bastante provável porque sou distraído e tenho por garantido o amor dos que amei. Dona Ester, minha mãe, não era o que hoje se designa por “uma pessoa de grande sensibilidade” – carinhosa e de riso fácil, acreditava nos poderes curativos do iodo e na ideia de que o sol das praias do Minho era antídoto capaz e suficiente para nos proteger dos achaques portugueses: o sentimentalismo, o queixume, as constipações e a letargia em geral.
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Começava por visitar timidamente o seu guarda-roupa de Outono.
Não tive de me incomodar com obrigações matrimoniais.
A surdez das velhas gerações é frequentemente subvalorizada.
Com a idade queremos alguns luxos no meio da Natureza.
O essencial era que o género humano era um mistério
O passado vem ter connosco, mesmo com a bênção do iodo do Alto Minho.
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