No grande anfiteatro dos temas de conversas de família, há quem atribua ao Outono uma grande percentagem de razões para começarmos a "cismar", como se nos desfolhássemos com os plátanos e as videiras das colinas. Pessoalmente, limito-me a agasalhar-me, atitude que me tem protegido bastante dos resfriados e da ameaça do reumatismo sazonal, mais do que da metafísica e das variantes dos dicionários. Esta indiferença há-de parecer relativamente arrogante. A minha sobrinha perguntou-me se eu penso na morte. "Não costumo cismar", respondi na altura. Penso apenas em gente como eu, que dobrou o século caminhando pelo paredão diante do mar, dando uso às articulações que sobram e usando chapéu para se proteger do sol destes dias, quando espreita do lado de lá da serra; e penso que a idade de cismar findou numa das várias adolescências a que invariavelmente nos entregamos de alma e coração, no meio de uma paixão ou na falta dela.
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Com um humor finíssimo e sem amargura.
Extasiou-se com as notícias do roubo das jóias de Eugénia de Montijo em plena luz do dia parisiense.
Tirando a internet, na verdade não aprendemos nada de novo
Eu não discuto porque ela vê muitos debates pela televisão.
A fotografia do caçador de borboletas ainda existe.
Havia na sua índole de céptico um certo exagero, uma questão de estilo, um modo de ser
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