Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoO facto de num discurso solene do Estado da Nação o primeiro-ministro ter atribuído a Sophia uma citação que pertence a Saramago é muito mais do que um lapso; indicia que a indigência cultural que domina o País também chegou aos mais importantes gabinetes do governo. “Somos a memória que temos e a responsabilidade que assumimos”, escreveu Saramago na sua fase de estrela galáctica das letras num texto publicado há 31 anos nos ‘Cadernos de Lanzarote’. É uma das muitas de frases do Nobel que andam pela internet. Mas o lapso diz tudo sobre o Estado cultural da Nação e da sua elite. Ignaros que citam com solenidades frases eloquentes, como há 50 anos pessoas quase analfabetas compravam lombadas de livros vazias para colocar nas estantes e fingir gosto literário. Mas pelo menos esses semi-analfabetos, se pudessem, gostariam de ler.
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