Rui Moreira
Presidente da Câmara Municipal do PortoFaz amanhã quatro anos que apresentei a minha candidatura à Câmara do Porto. Era, então, um outsider, numa corrida em que partia com 11% da intenção de voto. Enunciei, no meu primeiro discurso, quais seriam os pilares da candidatura: a coesão social, a economia e a cultura. Tudo sustentado num princípio de Contas à Moda do Porto.
Ao longo dos 190 dias seguintes, muita gente foi ouvindo o que tinha a dizer. Mas, sobretudo, foi dando contributos para o meu, que passou a ser o nosso programa. E foi assim, pela positiva, que fomos agregando à volta de uma ideia outras ideias, para ganhar e cumprir.
Olhando para trás, e numa altura em que nem sequer apresentei ainda a minha (agora a nossa) candidatura, não posso deixar de avaliar todos os fatores que nos permitiram ganhar.
Ganhou uma ideia que tínhamos para a cidade, claro. Mas ganhou também uma postura que é muito própria do Porto.
Durante toda a campanha, excluímo-nos da politiquice, da acusação fácil e retorcida, do ataque de caráter e pessoal e até das questões de elegibilidade de um candidato, por acaso, o mais bem colocado para ganhar essas eleições.
Pelo respeito, consideração e amizade que tenho por Luís Filipe Menezes, nunca faria, com ele ou sobre ele, esse discurso baseado na demagogia que hoje parece ter cada vez mais adeptos, impulsionados pelo "trumpismo". Mas também não o fiz, e nunca farei, por uma questão de caráter e porque, além do mais, é um erro para quem queira ganhar uma eleição no Porto.
A expressão que usei na corrida eleitoral, iniciada a 20 de março de 2013, das Contas à Moda do Porto, pode ter sido interpretada por muita gente como sendo apenas um "soundbite" financeiro ou contabilístico. Mas não era. As contas a que me referia e que os portuenses bem entendem são também as contas do caráter da cidade, da lisura dos seus processos, da elevação do seu discurso, do decoro a que o Porto se dá e exige.
Os pilares da candidatura (coesão social; economia; cultura) foram importantes. A promessa de gerir com responsabilidade as contas públicas foi fulcral. Mas o que ganhou no Porto não foi só isso. Foi algo que, quatro anos depois, os partidos continuam a não entender, mesmo que lhes tenhamos, em 2013, mostrado o caminho.
Como, aliás, também o Presidente da República fez na sua caminhada de sucesso para Belém.
Comemorações no Porto
A organização das comemorações é presidida pelo professor e investigador Manuel Sobrinho Simões, um homem da cidade que é, também, uma das suas mais relevantes personalidades. Junho será, também por esta razão, um mês onde muitos motivos haverá para vir ao Porto, não fosse o mês do São João, do NOS Primavera Sound e de muitos outros acontecimentos culturais de grande relevo.
Com as presenças do Presidente da República, do Primeiro-Ministro e de outras personalidades ligadas à portugalidade, o Porto, pelo menos nesse dia, será capital.
Reabilitação no Porto dispara
O que não entendo em alguns comentários é que se ache que este processo "expulsa" habitantes do Centro Histórico. Um centro que perdeu 60% de habitantes até 2011 e onde ninguém queria viver. E que agora se torna alvo de desejo.
Protagonistas
Futebol clube do Porto
Vitórias morais
Sim, a equipa de Nuno Espírito Santo bateu-se bem contra a adversidade no jogo contra a Juventus. Mas, como portista, detesto as vitórias morais. O importante é dar o tudo por tudo pelo campeonato.
Caixa Geral de Depósitos
A falta de confiança
No que toca à CGD, se não soubermos quem beneficiou de favores, e quem os prestou, confirmar-se-á o temor de Mário Centeno de um dano irreversível na nossa confiança no banco público.
Holanda
A esperança
O populismo perdeu uma batalha nas eleições nos Países Baixos com a vitória de Mark Rutte. Infelizmente pode ser sol de pouca dura se a política europeia continuar no seu trilho de autodestruição e de insensibilidade.
Miguel Guedes
Porto best of
O músico, que também é comentador televisivo, é o curador do Porto Best Of, um programa que reaviva a memória das mais antigas bandas do Porto e as cruza com os novos talentos. E como faz bem o Miguel.
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Porque nos superamos na tragédia e falhamos no quotidiano?