O início do julgamento do processo BES atraiu, como se esperava, dezenas de jornalistas, curiosos e lesados, que se aglomeraram à porta do tribunal, no Campus de Justiça, em Lisboa. Sabendo disso, Francisco Proença de Carvalho decidiu que levar pelo braço o principal arguido do processo, Ricardo Salgado, era a melhor forma de o país testemunhar o estado de debilidade em que o antigo presidente do Grupo Espírito Santo se encontra e assim fazer valer a sua estratégia de defesa: argumentar que, medicamente, Salgado não está em condições de ser julgado. Não sei se ficou clara a sordidez aqui em causa: o advogado que exibiu desnecessariamente um atarantado Ricardo Salgado foi o mesmo que depois recorreu às câmaras de televisão para lamentar essa exibição em direto. Friso: desnecessariamente. O ex-líder do BES poderia ter entrado pela garagem, tal como saiu. "Uma justiça que humilha, que viola a dignidade de qualquer pessoa é uma justiça que viola a sua própria dignidade", disse o advogado Francisco Proença de Carvalho. Poderia ter dito: "um advogado que humilha, que viola a dignidade de qualquer pessoa é um advogado que viola a sua própria dignidade."
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