A especulação imobiliária cresce em economias que têm o turismo como atividade fundamental. Este ecossistema complexo responde à deslocação de pessoas com a adaptação dos locais de destino às suas necessidades de modo a obter lucro. No fundo, a indústria do turismo produz nada, a não ser protestos dos residentes quando ela é extremamente bem-sucedida. Nós, por cá, andamos a apostar no turismo desde o Estado Novo, mas só agora chegámos aos padrões europeus: casas aos preços de Paris, ‘spiagge private’ como em Itália, mendigos e lixo como em Atenas e locais da Rede Natura como o Meco, a caminho de serem Ibiza. Olé. Isto não é uma questão de esquerda ou de direita. É o que é. Luís Montenegro coloca o ónus da crise na queda das taxas de juro e no “crescimento da população por causa dos imigrantes”. Saberá ele que neste segmento há, sobretudo, duas realidades? A dos que dormem empilhados em caves, donde saem para atender às mesas, limpar quartos e conduzir Uber, e a dos outros que, podendo, pagam os preços da ganância, contribuindo para o aquecimento do metro quadrado. Os preços das casas subiram 16,3%. É o maior aumento de que há registo.
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