O Primeiro de Maio, Dia do Trabalhador, comemora-se em Portugal com feriado desde 1974, quando se revelou apoteose do 25 de Abril. Um ano depois, após a euforia da votação para a Assembleia Constituinte, o Primeiro de Maio tornou-se uma triste deceção: afinal o voto com participação de mais de 90% dos inscritos valia zero e o caminho era indiferente às escolhas feitas democraticamente. Em Lisboa, a manifestação começou com todos juntos, mas ainda o Sol ia alto quando, na altura dos discursos, rebentou a divisão entre socialistas e comunistas nas bancadas do Estádio INATEL. De repente formou-se uma coluna larga, envolta em aparente nuvem de pó, que abriu caminho pelo campo pelado em direção à saída para a Avenida Rio de Janeiro. O grupo era liderado por Mário Soares e gritava palavras de ordem que não discerni, mas deviam ser de vivas à Liberdade. Parece incrível como não se conseguiu acordar uma lista de intervenções que respeitasse o veredito eleitoral. Percebeu-se o perigo em curso para a Liberdade e a Democracia. O que se seguiu, todos sabem: o grupo de Mário Soares alargou-se ao país inteiro e quando, em novembro de 1975, o confronto pareceu inevitável, segurou o País em paz. A deceção é não termos um Portugal mais justo.
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