Alei de financiamento partidário é uma comédia grotesca? Sem dúvida. Mas mais grotesca foi a reacção dos partidos quando apanhados em pleno acto.
No primeiro momento – ‘Querida, isto não é o que estás a pensar’ – tentou-se enganar os otários: a lei não representa mais despesa para o Estado (apesar do roubo de nove milhões em IVA) e foi obtida por ‘consenso alargado’ (na quadrilha couberam todos, excepto CDS e PAN).
No segundo momento – ‘Ela não significa nada para mim’ – desvalorizou-se a amante. Para o PCP, a lei é ‘antidemocrática’. E o Bloco confessa que só dormiu com ela para não ficar à porta do quarto.
No terceiro momento – ‘Vamos ultrapassar isto juntos’ – o adúltero está disposto a ‘melhorar’ a relação. O Bloco, mais uma vez, é o penitente exemplar.
Após tanto rir, e esperando veto presidencial, só tenho duas palavras para os nossos comediantes: muito obrigado.
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Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.
Se a esquerda prefere perder as eleições a engolir Seguro, são dois vazios que Cotrim preenche.
Sobre o 25 de Novembro, nova acrobacia dos camaradas: a data tem pouca relevância porque o PREC e a tentativa de golpe das esquerdas revolucionárias foram só a brincar.