A Protecção Civil e o governo não querem que os bombeiros falem com os jornalistas. Percebe-se. Os bombeiros estão metidos no inferno dos fogos – e eles sabem, juntamente com as populações, o que custa a incompetência do Estado. Calados e obedientes, cumpre-lhes comunicar para a sede; depois, a sede comunica aos jornalistas a informação ‘relevante’.
Dizer que isto é uma comédia seria um insulto aos comediantes. Mas não é um insulto perguntar se os jornalistas estão dispostos ao papel de marionetas, comparecendo aos ‘boletins’ como gado obediente.
Em países onde a liberdade de imprensa não é verbo de encher, a Protecção Civil ficava a falar sozinha. Em Portugal, não é de excluir que os profissionais do ramo, depois de insultados na cara, compareçam em Carnaxide para que o vexame continue.
Os líderes autoritários não nascem por acaso; eles precisam de uma cultura de submissão para prosperarem.
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Nas próximas presidenciais, e contando com dois mandatos para o próximo inquilino, a abstinência pode chegar aos trinta.
André Ventura não precisa de fazer campanha para as presidenciais.
Eu, no lugar do dr. Pureza, começava desde já a procurar um colete salva-vidas.
Se este cenário se confirmar, não teremos apenas dois nomes ‘anti-sistema’ a disputar o vértice do sistema.
Bem vistas as coisas, as manobras da defesa são favores que José Sócrates nos faz.
Só os ucranianos podem decidir sobre o assunto, não cabendo aos europeus dar a resposta por eles.