Que outro país europeu aceitaria entregar a um só Estado terceiro o controlo do setor da energia, EDP e REN; o domínio dos seguros, Fidelidade; uma presença crescente na saúde privada, Luz Saúde; mão forte na banca, Millennium BCP? Só este nosso pobre Portugal.
Se juntarmos ainda várias relevantes concessões na área das águas, dois centros armazenistas gigantes – Vila do Conde e Porto Alto -, investimento estratégico no domínio imobiliário e garras afiadas para o Porto de Sines, fica traçado o destino de Portugal para este século: vamos tornar-nos uma província chinesa no Ocidente da Europa. A cereja no topo deste venenoso bolo é a penetração preferencial da Huawei nas comunicações móveis, com todos os riscos agregados ao 5G.
Enquanto a União Europeia se comportar como uma imensa Suíça no tabuleiro geoestratégico, Portugal continuará a ser vendido em saldo ao maior tigre asiático. Enquanto, por cá, não se promover a reindustrialização e não se acarinharem os grupos económicos portugueses, continuaremos à mercê de uma paciente estratégia de expansão gizada em Pequim.
Enquanto estende as suas garras pelo terceiro mundo, o regime de Xi Jinping continua obstinado em consolidar um novo conceito de Estado. Com o controlo sobre as ações e o pensamento individuais – graças à profusão de dispositivos de reconhecimento facial nos locais públicos e ao controlo cada vez mais eficaz de todos os mecanismos de comunicação digital -, é o conceito de Estado-Deus o que a China está a ensaiar. Uma organização coletiva onde o homem não pode sequer sonhar sem o escrutínio prévio do partido único, cada vez mais forte, com militantes cada vez mais numerosos. No fanatismo de sempre.
Não é aos chineses pobres, embalados na maior diáspora da História, que estamos a vender as joias do nosso país, para enriquecimento de um punhado de traidores. É diretamente aos dedos das mãos de Pequim, que depois se unirão para nos estrangular a Liberdade.
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Menor investigação jornalística seria um descanso para Leitão Amaro?
Legítimo herdeiro dos maiores portugueses (...) António Silva Ribeiro, sim, mereceria cada voto.
Eis os três maiores gigantes europeus em disputa pela posse dos céus de Portugal.
A responsabilidade política fica sempre muito acima dos cabos de fancaria.
Toda a esquerda cai com surpreendente facilidade nos golpes mais básicos de André Ventura.
À RTP deveria caber a busca da excelência numa grelha variada.