O debate do estado da nação foi talvez demasiadamente agitado para início de legislatura. O Chega é o Chega e André Ventura é André Ventura, mas José Luís Carneiro pareceu-me excessivamente tenso ou talvez fosse o nervosismo de estreia no papel de líder partidário. Mas José Luís Carneiro deve meditar bem no modo como vai executar a estratégia que definiu para si próprio e para o partido que agora lidera. Aquilo que anunciou e que pretende que o distinga da anterior liderança socialista, exige serenidade, não é nem pode ser, um fogo-fátuo. José Luís Carneiro deve pensar o que foi o exemplo de Marcelo Rebelo de Sousa na liderança da oposição, quando António Guterres era primeiro-ministro e, portanto, também líder do PS. Marcelo procurou desenvolver uma estratégia, em muitos casos, de convergência com António Guterres, tendo deixado passar os vários orçamentos. Teve a mesma posição que o líder do PS na questão do referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez, destoou de António Guterres e fez um grande combate em relação à proposta de referendo sobre a regionalização: Um líder com a estratégia que José Luís Carneiro anunciou deve também escolher um ou dois temas em que mostre bem a sua diferença do Governo que está em funções, temas que correspondam a causas muito sentidas pelos Portugueses. José Luís Carneiro não pode deixar-se sugestionar pelas vozes críticas do seu partido. Ele que não tenha dúvidas de que as terá sempre, por várias razões e nomeadamente pelo historial recente do PS que esteve muitos anos no poder.
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