Quando parte alguém relevante numa comunidade, a História agita-se sobre a atenção e o espaço que essa personalidade merecerá. Hoje em dia, com tanta informação, tanto depoimento, tanta invasão de espaço com opiniões, muitas vezes padronizadas, é difícil saber que lugar fica reservado para os verdadeiros historiadores. Digo eu que esses historiadores terão certamente muito trabalho para esgravatar entre milhares ou milhões de fontes de informação, principalmente digitalizadas, sobre os diferentes factos históricos e as personalidades que os protagonizaram. A Wikipédia e seus congéneres são um esboço da ameaça que paira sobre essa Ciência reservada que é a História do Mundo e dos Povos. Seguramente que já constataram em consultas a esse site, que são algo frequentes os erros ou imprecisões. Aqueles que lá constem certamente que já o constataram acerca de si próprios. Aliás, curiosamente, em termos distintos, é o que vai sucedendo, uma ou outra vez, no ChatGPT. Mas esse, pelo menos, pede desculpa, quando confrontado com erros. Hoje em dia, colocados perante esta diversidade de bases documentais, de natureza e virtualidades cada vez mais inesperadas, cabe perguntar como passará a ser feita a História dos historiadores? Não a dos fazedores de opinião, dos articulistas, dos jornalistas ou de quem seja tido como político. Eu, humilde e grato membro honorário da Academia Portuguesa de História, atrevo-me a perguntar aqui, publicamente, à sua ilustríssima presidente, Professora Doutora Maria Manuel Mendonça, como irá ser feita a História? Hoje em dia, com a velocidade a que corre o tempo histórico, há tantos factos que não se contam, ou de que não se fala, ou levam com o botão do ‘delete’. Como será de ora em diante? Sinceramente, faz impressão ver estas mudanças radicais, em que pouco se pensa ou que pouco se debate. Nestes dias, em que se homenageou merecidamente Francisco Pinto Balsemão e em que, naturalmente, muito se disse, se escreveu, se ouviu, dei comigo a pensar que vivi - vivemos - muitas ocasiões históricas com essa tão relevante figura da Democracia e que tão importantes foram. E serão? Ou serão desconhecidas ou perdidas no meio da torrente? Apesar de tudo, acredito que a História continuará a ser feita. A verdadeira História.
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Mais uma vez, as tais semelhanças. Muitas vezes não olharam como deviam para Cavaco Silva.
Quando parte alguém relevante numa comunidade, a História agita-se sobre a atenção que merecerá.
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O que Menezes fez não mudou só Gaia. Teve efeito também no Porto.
Defendo que o Presidente deixe de ser eleito por sufrágio universal e direto? Nem pensar. Seria uma heresia
O sistema de governo das câmaras municipais é complexo mas, na verdade, tem durado bastante.
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