Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoA ida a eleições é a solução mais sã para a crise política. Se o presidente da República optasse por um governo com a atual maioria parlamentar sob liderança de Mário Centeno, o governador do Banco de Portugal, apesar da sua credibilidade e do currículo, teria a mesma falta de legitimidade política que ajudou a queimar Pedro Santana Lopes em 2004.
Em março o povo soberano dirá de sua justiça e escolherá a composição do novo parlamento. Das contas finais e da maioria de 116 deputados surgirá novo elenco governativo.
Muita água correrá até março, mas as novas sondagens surpreendem porque ao fim de 8 anos e de um governo que caiu por um processo de investigação da justiça, após tantos casos e casinhos, o futuro líder socialista ainda é um putativo substituto de António Costa no governo. O eleitorado é que escolhe, ainda há muitos eleitores indecisos. No fim de contas é preciso saber se são os partidos à direita do PAN que têm maioria, ou os partidos à esquerda do PAN.
O PS tem alguns trunfos. Num país pobre o aumento do salário mínimo, a subida das pensões e o alívio do IRS que se notará nos primeiros meses do ano são um bom arsenal. Mas a oposição tem muito por onde pegar, desde a crise da habitação, da saúde e da educação , o custo de vida, a ineficiência da máquina do Estado. É o tempo da política e da escolha soberana dos cidadãos.
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