Armando Esteves Pereira
Diretor-Geral Editorial AdjuntoO incêndio no vale de Manteigas é um desastre ambiental de grandes proporções. Ardeu parte da biosfera única da serra da Estrela, que tinha resistido ao inferno de 2017.
O autarca da vila serrana já fez duras críticas à forma como o combate ao incêndio foi gerido e há fortes indícios de incompetência e desconhecimento do terreno no combate. Provavelmente o vale ainda hoje estaria a salvo das chamas se tivessem sido tomadas as medidas adequadas. E o presidente da câmara explica que na serra há uma estrada que separa as áreas dos municípios de Manteigas e da Covilhã e que com as medidas cautelares adequadas teria sido possível travar as chamas nesta linha. Neste país em que a culpa morre quase sempre solteira, importa apurar responsabilidades.
Mas além da ineficácia no combate, apesar do grande esforço financeiro que já é alocado, as chamas vão continuar a ameaçar o País por causa do descuido, do desleixo e do abandono do território.
Mesmo no Parque Natural da Serra da Estrela, a desertificação humana, o abandono da agricultura e da pastorícia levam a que esta região esteja hoje ainda mais indefesa do que no ano do apocalipse de 2017. Não aprendemos nada.
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