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Eduardo Dâmaso

Eduardo Dâmaso

Jornalista

Velho ranço salazarista

19 de março de 2025 às 00:31

As reservas do CDS a uma celebração plena dos 51 anos do 25 de Abril são mais uma prova de algum ranço salazarista que atravessa esta versão portátil do partido fundado por figuras como Freitas do Amaral e Amaro da Costa. Hoje transformado numa pequena agremiação parasitária do PSD, num clube restrito de advogados de negócios, o CDS está mais próximo do Chega do que da democracia cristã, inspirada na doutrina social da Igreja, que ajudou a reconstruir a Europa depois da II Guerra Mundial.

O CDS de hoje tem uma relação obtusa com o 25 de Abril e com tudo o que lhe associa, como se viu na espantosa abstenção em relação à proposta de considerar a obra musical de Adriano Correia de Oliveira como de interesse nacional.

Adriano Correia de Oliveira foi um grande artista e português que levou a balada de Coimbra e a música de intervenção, denunciando o fascismo e a guerra colonial, aos quatro cantos do Mundo. Disse mais a gerações de portugueses do que o CDS alguma vez almejará, sobretudo nesta versão tacanha, sem um discurso mobilizador, sem uma visão para Portugal, sem honrar grandes líderes que teve, como Francisco Lucas Pires, para lá dos fundadores.

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