A nomeação do juiz Carlos Alexandre para a comissão de combate à fraude no SNS é uma boa cartada do Governo. Soma a uma boa medida um nome forte, de grande ressonância na opinião pública. Esta comissão retoma uma experiência positiva que nasceu em 2012, com a então ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, e o seu colega da Saúde, Paulo Macedo. O contexto é o das exigências da ‘troika’ e de uma grande melhoria tecnológica na conferência de faturas, receitas. O Estado não só recuperou mais de 200 milhões de euros, como deu um sinal forte em matéria de combate à fraude. Com o tempo, porém, essa experiência de equipas mistas, com a PJ e entidades de fiscalização, foi esmorecendo. Agora, em boa hora a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, em sintonia com Rita Júdice, ministra da Justiça, retoma um caminho essencial para evitar a sangria de dinheiro público, estimada em mais de 800 milhões de euros anuais. Mas não basta nomear Carlos Alexandre. É necessária uma grande capacidade de articulação com a PJ e com o Ministério Público, que é, afinal, o ‘dono’ do inquérito judicial. É preciso que estejam todos a remar para o mesmo lado e resistam a guerras pueris de egos. Nesta frente, o desafio também é enorme.
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