A corrida apressada à liderança do Partido Socialista é um erro, face à tragédia eleitoral de domingo. Não é ‘A’, ‘B’ ou ‘C’ que vai resgatar o partido do abismo. Antes de avançar para a mudança de secretário-geral, os socialista precisam de refletir sobre a realidade: quais são as preocupações das pessoas, como resolvê-las de forma célere, sem falsas promessas. Perceber o que as inquieta. Os portugueses estão cansados do discurso de sempre. Os mais novos já nem o ouvem. Só depois faz sentido a escolha do mais indicado para dar sequência às conclusões.
Deve ainda definir, desde já, qual o seu posicionamento face ao próximo Governo. Qual a estratégia. Se faz sentido abster-se na votação do Orçamento do Estado para o próximo ano, é importante antecipar o que fazer dali para a frente. Se cair na tentação de segurar a AD, quando necessário - numa moção de confiança ou censura, por exemplo - até ao final da legislatura, o resultado das próximas legislativas será muito pior. Veja-se o que aconteceu ao Bloco de Esquerda e ao PCP depois de serem muletas de António Costa.
Finalmente, é fundamental travar a queda livre nas Autárquicas deste ano – o que não vai ser fácil – e encontrar um candidato presidencial que dê luta.
O PS vive um momento muito delicado e corre o risco de se tornar irrelevante, se tentar parar o vento com as mãos.
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