Israel atacou o Complexo Médico Nasser, em Khan Yunis, um dos poucos hospitais que funcionam na Faixa de Gaza, e matou mais de 20 pessoas, incluindo cinco jornalistas e pessoal médico. Desta vez os israelitas não ousaram afirmar que qualquer um deles era membro do Hamas, como aconteceu na última carnificina contra repórteres no território palestiniano. Mas este não foi um ataque qualquer. O primeiro disparo cirúrgico visou uma zona onde estavam jornalistas e o segundo foi feito para o mesmo lugar, já com os socorristas e outros repórteres em ação. Os jornalistas que fazem a cobertura de conflitos conhecem bem esta técnica canalha e criminosa, muito usada pelos russos na Ucrânia. Deliberada e covarde, ela viola o direito internacional e a resolução 2222 da ONU, que condena ataques deliberados contra a imprensa, considerando-os “violações graves”. A Israel nada disto importa. O Estado judaico está apostado em silenciar a verdade em Gaza. Ao recusar a entrada de jornalistas internacionais, com o embuste da “segurança” dos repórteres, o que os israelitas pretendem é a erosão dos factos num conflito onde as suspeitas de práticas criminosas abundam, nomeadamente com o recurso à fome como arma de guerra. Sem testemunhas externas e com a morte planeada dos jornalistas locais será mais fácil falsificar, no futuro, a narrativa que mais convém a Israel e pelo qual será julgado.
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