Vários membros das distritais ameaçam sair em discórdia com as escolhas do líder do PSD.
Rui Rio arrisca onda de demissões internas no PSD
O presidente do PSD arrisca "liquidar uma parte do partido" com escolhas "impostas" para as listas com que vai a votos nas Legislativas de 6 de outubro, apurou o CM junto de uma fonte distrital. Esta terça-feira, à hora de fecho desta edição, o conselho nacional ainda não tinha arrancado e já os críticos anunciavam voto contra as listas da direção de Rui Rio.
Em Aveiro, "vai haver uma onda de demissões, que poderão ser quatro, inclusive de elementos da comissão política distrital", assegura ao CM militante social-democrata. Em causa, os primeiros sete nomes do distrito, dos quais apenas três foram indicados pelas concelhias. Os restantes vieram por imposição da direção nacional: a cabeça de lista Ana Miguel dos Santos, António Topa, em 2º lugar, André Neves, em 6º, e Carla Madureira, em 7º.
No Porto, o clima também é de contestação. A segunda maior distrital do País e aquela onde Rui Rio figura em 2º na lista às Legislativas também está contra as opções do líder. "Que Rui Rio seria um presidente absolutista já se desconfiava, mas na constituição das listas passou das marcas em alguns distritos", refere fonte da distrital.
Em Lisboa, o antigo líder da concelhia de Lisboa do PSD Rodrigo Gonçalves disse à Lusa que recusou ser o 12º na lista pela capital, considerando "não ser um lugar compatível" com o apoio que deu a Rio.
Depois do afastamento de Maria Luís Albuquerque em Setúbal, também o líder da distrital Bruno Vitorino equaciona demitir-se.
"O PSD está a dar um triste espetáculo ao País. Devíamos estar a discutir propostas alternativas a este Governo e estamos a discutir nomes", disse Bruno Vitorino à entrada do conselho nacional. "Não percebi o que é que Rio ganhou com este processo", frisou, admitindo votar contra as listas. Bruno Vitorino revelou também que as linhas gerais do programa eleitoral – que também iam ontem a votos – não foram distribuídas antes da reunião.
Já o ex-líder parlamentar Hugo Soares, alvo da ‘limpeza’ de Rio no distrito de Braga, disse à entrada do conselho nacional que não se demarca do comunicado da direção da concelhia dele (Braga), prometendo dizer "olhos nos olhos ao presidente do partido" o que pensa "sobre a situação interna", mas garantiu que estará "certamente na campanha eleitoral".
SAIBA MAIS
1974
Foi fundado a 6 de maio de 1974, por Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota sob o nome Partido Popular Democrático (PPD). Rui Rio é o 18º presidente social-democrata, tendo sucedido a Passos Coelho. Francisco Pinto Balsemão é o militante número 1 do PSD.
Conselho Nacional
É o órgão máximo do partido entre congressos e tem por missão desenvolver a execução da estratégia do partido. O mais quente conselho nacional de Rio teve lugar em janeiro, quando Montenegro o desafiou a marcar um conselho extraordinário. Rui Rio apresentou uma moção de confiança e acabou por sair reforçado.
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