Moção de censura ao Governo apresentada pela Iniciativa Liberal está esta quinta-feira a ser discutida no parlamento.
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A moção de censura ao Governo apresentada pela Iniciativa Liberal foi esta quinta-feira chumbada no Parlamento. Apenas a IL e o Chega votaram a favor, enquanto o PS, PCP e Livre votaram contra. Já o PSD, o BE e o PAN abstiveram-se na votação.
O líder da IL, João Cotrim, afirmou que o sinal mais vergonhoso da incompetência do PS na gestão da economia são os "quatro milhões de portugueses que são pobres ou estão em risco de pobreza". Cotrim acredita que "este Governo é incompetente" e defendeu que apresentaram esta moção porque é "preciso mudar de Governo já".
"O Governo já não é só incompetente, o Governo tornou-se numa fonte de instabilidade. Esta moção de censura é a nossa forma de dizer ao parlamento e ao País não à incompetência, não à instabilidade, precisamos de um Governo novo e precisamos dele já", afirmou o líder da IL.
António Costa afirmou que João Cotrim "quer abandonar a liderança da IL com um Governo derrubado". Também questionou qual seria a alternativa viável de Governo, uma vez que "a direita nem se consegue entender para a moção de censura".
"Portugal foi o segundo país que mais cresceu na União Europeia em 2022", frisou o Primeiro-Ministro.
O deputado do PSD João Moura comparou o Governo socialista com a série televisiva 'Guerra dos Tronos', uma vez que também no PS existe uma "guerra de sucessão ao trono" que é disputada entre as "famílias dominantes em antecipação ao inverno que está para vir". Afirmou também que os sociais-democratas não querem partir para as terceiras eleições em três anos".
O deputado socialista Porfírio Silva defendeu que a moção é "inútil" porque "não existe alternativa política". "Os membros do PS não andam na política por ganância", acrescentou.
Cotrim Figueiredo voltou a falar e disse que para evitar os problemas em que o PS está envolvido neste momento basta "não nomear pessoas que são arguidas em processos" e "não nomear pessoas que acabaram de receber indemnizações de 500 mil euros".
Carlos Guimarães Pinto, da IL, acredita que o PS não zela pelos interesses dos portugueses e que só interessa proteger "as clientelas internas dentro do partido". "O PS enfiou o País num lamaçal político", acrescentou o deputado.
António Costa voltou a ter a palavra e referiu que o País "quer aproximar-se dos mais desenvolvidos" e que "desde 2016 até 2022 Portugal cresceu dez vezes mais em média anual, do que nos dez anos anteriores".
"A secretária de estado não foi acusada de nada", garante Costa acerca sobre Carla Alves
Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, questionou "que resultados podem diferenciar este PS da direita?". Afirmando que este governo socialista, tal como o PSD, "gosta de vistos gold".
Acusou ainda a direita de conviver bem com uma escola a que "falta quase tudo". "A direita não tem alternativa a este governo porque maioria do PS é mesmo muito parecida", acrescentou.
"A secretária de estado não foi acusada de nada", referiu o primeiro-ministro sobre Carla Alves, nova secretária de Estado da Agricultura, que tem as contas arrestadas, na sequência de uma investigação que visa o marido. "Acho muito curioso ser a deputada Catarina Martins a dizer que devemos despedir uma mulher do governo por causa do marido", disse António Costa, que referiu ainda que "não se combatem os populistas de direita, sendo-se populista à esquerda".
Por sua vez, Catarina Martins acusou Costa de fazer uma acusação grave ao Bloco de Esquerda. "Não podemos aceitar. Comete dois erros: responder com matéria criminal quando falei de ética republicana. Este Governo acha sempre que tudo pode acontecer desde que não seja crime, ainda que ponha em causa o interesse público. Temos responsabilidade públicas muito para lá das criminais", disse.
Perante as declarações da deputada do PCP, Alma Rivera, que acusou o Governo de "agravar" os problemas do país, António Costa afirmou que tem procurado "responder àquilo que é necessário". "O Governo procura responder aos problemas, nomeadamente aqueles provocados pela inflação", afirmou Costa, referindo os últimos apoios do Governo aos portugueses para mitigar os efeitos provocados pela inflação.
Costa garante que ministro das Finanças tem condições para continuar no Governo
António Costa respondeu ao deputado e defendeu Medina, relembrando que este assumiu a pasta das Finanças "a meio do ano, com a maior crise inflacionaista". O primeiro-ministro afirmou ainda que Portugal terminou o ano de 2022 e que foi um dos países que mais diminuiu a dívida pública.
Ventura diz que Pedro Nuno Santos "mentiu"
Na sua vez de intervir o Presidente do Chega, André Ventura, começou por mostrar a capa desta quinta-feira do Correio da Manhã e questionou o primeiro-ministro se manter Carla Alves contribui para o prestígio do Governo. Ventura afirmou que as contas que terão recebido dinheiro não declarado está em nome da secretária de Estado. "A conta é dela, está em nome dela", afirmou dizendo que "são casos atrás de casos que minam confiança no seu Governo".
Ventura relembrou ainda o caso de Alexandra Reis e afirmou que "ninguém acredita que o senhor primeiro-ministro ou alguém do seu Governo não sabia". O Presidente do Chega afirmou mesmo que "Pedro Nuno Santos mentiu" ao pedir esclarecimentos sobre a indemnização: "Só pede esclarecimentos quem não sabe de nada e afinal Pedro Nuno Santos sabia".
"Crise! É isto que a direita quer", afirma António Costa
Eurico Brilhante Dias, deputado do PS, acusou a direita de fazer "intervenções focadas no que não interessa aos portugueses" e garantiu que o "País está no rumo certo, tem um bom Governo, uma maioria que a apoia e a estabilidade não é apenas de uma pessoa mas de quem lidera", afirmou.
O primeiro-ministro atacou ainda a IL e o PSD e referiu que a direita quer uma "crise! É isto que a direita quer".
Costa promete "circuito" para indicação e nomeação de novos membros para o Governo
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