Candidato presidencial manifestou-se "frontalmente contra" as propostas de alteração da legislação laboral apresentadas pelo Governo.
O candidato presidencial António Filipe considerou esta sexta-feira que, se o primeiro-ministro quer evitar uma greve geral, só tem de retirar o anteprojeto de reforma laboral apresentado pelo executivo e manifestou-se "frontalmente contra" as propostas em questão.
"A quem faz apelos à responsabilidade relativamente a este pacote laboral, o maior responsável pela convocação desta greve geral chama-se Luís Montenegro. Se quiser evitar a greve geral, tem bom remédio: retire a proposta de pacote laboral e essa greve geral não acontecerá", desafiou António Filipe num comício no ISCTE, em Lisboa, acompanhado por centenas de pessoas, entre as quais o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo.
O candidato presidencial, apoiado pelo PCP, manifestou-se "frontalmente contra" as propostas de alteração da legislação laboral apresentadas pelo Governo e disse esperar que o pacote em questão "seja derrotado pela luta dos trabalhadores antes das eleições presidenciais".
"O Presidente da República só tomará posse em março e eu espero que não seja preciso exercer os poderes presidenciais para o evitar [o pacote laboral] porque eu espero que ele seja derrotado pela luta dos trabalhadores e eu estou solidário com a greve geral decretada para o próximo dia 11 de dezembro", assegurou, recebendo um aplauso do auditório, que ia entoando o cântico "A lutar por quem trabalha, o António nunca falha".
Afirmando que ficaria "muito orgulhoso" se a sua candidatura fosse considerada como a "candidatura dos trabalhadores", António Filipe advertiu que o pacote laboral representa uma "ofensiva tremenda" contra os seus direitos.
Entre o vasto leque de críticas a medidas que constam no pacote laboral, António Filipe destacou em particular a "destruição, na prática, do conceito da proibição do despedimento sem justa causa", o "alargamento dos contratos a termo", "o regresso dos famigerados duodécimos dos subsídios de férias e de Natal" ou ainda a "redução do tempo de amamentação para as mães trabalhadoras".
O candidato presidencial salientou que o país tem atualmente 2,5 milhões de trabalhadores que "levam menos de mil euros para casa ao fim do mês", antes de abordar uma notícia do Jornal de Negócios que indica que, em 2026, os 16 maiores grupos económicos cotados no PSI deverão distribuir dividendos recorde de 3,2 milhões de euros.
"Estamos perante uma enorme injustiça social com que não nos podemos, de maneira nenhuma, conformar, porque estes lucros obscenos são o salário que não é pago aos trabalhadores e que lhes é devido", afirmou.
António Filipe disse que, no confronto entre grupos económicos e trabalhadores, a sua candidatura não tem "qualquer dúvida" de que lado está.
"Haverá os candidatos que estão do lado dos grandes grupos económicos, haverá os candidatos que estarão em cima do muro para ver onde é que cai. Eu estarei do lado dos trabalhadores e da sua luta", assegurou.
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