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"É por Portugal que aqui estamos": António José Seguro apresenta candidatura a Belém

Apresentação acontece no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.

Atualizado a 16 de junho de 2025 às 10:28
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'É por Portugal que aqui estamos': António José Seguro apresenta candidatura a Belém

António José Seguro apresentou a candidatura à Presidência da República, este domingo, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.

No discurso de apresentação, Seguro enumerou alguns valores que chamou de "pontos cardeais" da candidatura: liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade.

Disse ainda que o objetivo é "fazer de Portugal um país justo e de excelência".

António José Seguro prometeu não fazer "a política tradicional dos joguinhos de poder" e disse que a sua candidatura não é partidária, "nem nunca será", mas que é, por oposição, "a casa de todos e todas as democratas que no momento difícil se unem para preservar o fundamental, o nosso património comum".

"Para mim não há portugueses bons e portugueses maus, portugueses de primeira e portugueses de segunda", afirmou. O candidato almeja "um País que aposta na igualdade de oportunidades, para evitar que nascer pobre, seja um sentença" e "um País onde o futuro não emigra".

O socialista referiu também que Portugal precisa de "um presidente que inspire confiança e estabilidade" e que não podem haver "eleições de ano e meio em ano e meio". "Quero deixar claro que o chumbo do Orçamento de Estado não implica automaticamente dissolução do parlamento", afirmou o antigo secretário-geral do PS, em jeito de crítica à atuação do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Dirigindo-se ao parlamento, António José Seguro não considera que a revisão constitucional seja uma prioridade. "Prioritário é promover o acesso das pessoas à habitação e aos cuidados de saúde a tempo e horas, prioritário é criar riqueza para haver melhores salários e melhores pensões, prioritário é capacitar o país para apoiar as nossas empresas, para que os jovens se fixem e não emigrem", elencou.

Sobre a política internacional, o candidato a Belém defendeu a paz na Europa e na Faixa de Gaza e explicou que a Europa não pode ficar à espera que os Estados Unidos mudem, nem pode responder aos desafios de forma pontual e setorial, defendendo uma Europa mais ativa.

António José Seguro aproveitou ainda para deixar um recado ao também candidato almirante Gouveia e Melo, dizendo que "um Presidente da República nunca deve procurar exercer influência direta na cadeia de comando militar" e deve respeitar a "separação de funções entre Presidente, Governo e chefias militares", recusando "poder de comando direto".

Ainda no tema da defesa, o candidato recomendou cautela e defendeu que "antes de gastar mais", é preciso "gastar melhor".

"Os gastos em defesa não podem ser feitos à custa da saúde, da educação e da proteção social", salientou.

O antigo líder socialista anunciou a entrada na corrida a Belém a 3 de junho, no dia em que o novo parlamento iniciou funções, através de um vídeo publicado pela TVI/CNN Portugal.

Até ao momento, Seguro foi a única personalidade da área socialista que já anunciou uma candidatura a chefe de Estado.

Na corrida a Belém, estão também Henrique Gouveia e Melo, Marques Mendes e Joana Amaral Dias.

Publicada originalmente a 15 de junho de 2025 às 16:32

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