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"As próximas eleições podem ser uma moção de censura para o País”: António José Seguro sobre crise política

Antigo líder socialista esteve, esta quarta-feira, na 'Redação Aberta' do Correio da Manhã a debater temas que marcam a atualidade da política nacional.

19 de março de 2025 às 17:05

"Não há democracia sem liberdade de imprensa" afirmou António José Seguro assim que chegou à redação do Correio da Manhã, em Lisboa, esta quarta-feira, para participar na 'Redação Aberta' - iniciativa de celebração do 46.º aniversário do jornal.

O antigo líder socialista foi convidado do painel 'Visão para Portugal', moderado por Eduardo Dâmaso, Diretor Geral Editorial. Em primeiro lugar, António José Seguro foi questionado sobre uma eventual candidatura às presidenciais. O convidado respondeu "estar num processo de reflexão". "As coisas não são assim de um momento para o outro. Não tenho prazos, sou uma pessoa livre e decido quando quero", esclareceu.

Sobre a crise política, atualmente vivida em Portugal, António José Seguro considerou que "os problemas do País não se resolvem com estados de alma", fazendo a referência à moção de confiança apresentada pelo Governo de Luís Montenegro, entretanto chumbada no Parlamento.

"Deve haver um momento de entendimento e compromisso. Nesta fase é preciso que os partidos apresentem soluções para o País ou então as próximas eleições podem ser uma moção de censura para o País”, considerou. Questionado por Eduardo Dâmaso se a "solução passaria por um entendimento entre o PS e PSD", António José Seguro respondeu que "isso cabe aos partidos".

"Nós precisamos de trazer os assuntos do dia-a-dia. Temas como a defesa, saúde e habitação, são fundamentais. Dou-lhe outro exemplo, o País não oferece oportunidades para os seus jovens? E aqueles Jovens que emigram? Isto não é vida. Um País que não consegue integrar as suas novas gerações é um País que não tem futuro. Quem está no governo tem de criar esses compromissos", acrescentou o antigo líder socialista.

"Nós vivemos num contexto social muito difícil, com uma guerra na Europa. É preciso transmitir confiança aos jovens para que não abandonem o nosso País. É necessário para que a confiança seja reconstruída. Isto não é maneira de governar um País. O meu desejo é que se encontrem soluções para o País", disse ainda.

Eduardo Dâmaso questionou o antigo líder socialista se as próximas eleições legislativas, marcadas para 18 de maio, "são centradas na dimensão ética e confiabilidade de um primeiro-ministro". 

“Eu considero que a ética soma à República. Como é que o País pode ter confiança nas suas instituições se os exemplos que vêm de cima são maus exemplos. Uma pessoa não pode ter um pé nos negócios e na política”, finalizou António José Seguro.

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