O partido Chega apresentou, na Inspeção Geral de Finanças, uma denúncia contra o ministro Fernando Medina e contra Sérgio Figueiredo, contratado como consultor, com um ordenado elevado, pelo mesmo governante das Finanças. Alega haver indícios de prevaricação e tráfico de influências e pede a comunicação ao Ministério Público.
O partido presidido por André Ventura afirma na denúncia, a que o CM teve acesso, existirem "dúvidas quanto à legalidade" da contratação. Recordam que Figueiredo, enquanto diretor na TVI, contratou Medina como comentador.
"Soube-se agora que, a par de uma nova contratação milionária, Sérgio Figueiredo teve também avenças com a Câmara de Lisboa, quando a autarquia era presidida pelo atual Ministro das Finanças, no valor de vários milhares de euros mensais. Num dos casos, através de uma empresa, Sérgio Figueiredo terá ganho da autarquia 30 mil euros em 20 dias.
Poderão estar em causa a prática de vários crimes graves, como é o caso do crime de prevaricação ou tráfico de influências, o que a ser verdade, poderá justificar que os dados sejam comunicados ao Ministério Público", expõe o Chega.
André Ventura pede à Inspeção Geral de Finanças uma "averiguação preliminar e, subsequentemente, a uma investigação profunda sobre os pagamentos feitos pela CML, durante a presidência de Fernando Medina, a Sérgio Figueiredo, bem como os contratos ou prestações de serviços, e a respetiva duração e montantes envolvidos- existentes no âmbito desta relação".