"Não precisamos que venha alguém do Seixal para aqui, para confundir cidadãos com hambúrgueres", afirmou Soares.
O secretário-geral do PSD lamentou, esta sexta-feira, que nos últimos 12 anos o PS apenas tenha investido num "mealheiro" em vez de obra, criticando candidaturas que prometem o que não fizeram no governo e quem "confunde cidadãos com hambúrgueres".
"Para garantir a segurança em Sintra, e no país, estamos cá nós, para receber e acolher imigrantes, porque nós queremos receber gente, nós precisamos de receber gente, mas receber com responsabilidade e humanidade", e "não precisamos que venha alguém do Seixal para aqui, para confundir cidadãos com hambúrgueres", afirmou Hugo Soares.
O também líder parlamentar social-democrata, na apresentação da candidatura de Marco Almeida à câmara sintrense pelo PSD, IL e PAN, começou por dizer que "Sintra não precisa de ninguém do Seixal", é "dos sintrenses" e "não precisa de ninguém que venha cá dizer como é que se faz", quando "ainda por cima não sabem como é que se faz".
O deputado referia-se à candidata do Chega, Rita Matias, aludindo à recente polémica com o líder do partido de extrema-direita, André Ventura, que criticou a deslocação do Presidente da República a um 'Bürgerfest', confundindo cidadãos com hambúrgueres.
Mas a candidata do PS e Livre, Ana Mendes Godinho, também foi criticada por Soares, por prometer "hoje aquilo que nunca conseguiu fazer, nem nunca quis fazer", enquanto integrou o governo socialista.
O social-democrata recordou que, no parlamento, em 2024, o PS "apressou-se a levar a votação o fim das portagens nas chamadas ex-Scut [autoestradas sem custos para o utilizador]", e juntou-se "ao Chega", e "juntos eliminaram as portagens" sem querer dos custos.
"Não quiseram saber se o Governo tinha, ou não tinha, outra estratégia para a mobilidade em Portugal. Juntaram-se os dois e, legitimamente, acabaram com as portagens", referiu, lamentando que "quem governou durante oito anos" tenha sido preciso "passar para a oposição" para tomar decisões que "sabiam que não deviam tomar e que não eram responsáveis".
"Uma candidata a autarca que no governo diz uma coisa e que na oposição promete outra, não pode ter a confiança dos sintrenses", atirou, numa alusão à promessa da antiga ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social de o município assumir a isenção de portagens na A16 para moradores, trabalhadores e empresas do concelho.
Hugo Soares recuou ao mandato de Fernando Seara, que se candidata à assembleia municipal, considerando que "Sintra teve 12 anos de crescimento histórico", para salientar que, se Seara não queria ser eleito e "fez o que fez", os sintrenses que "imaginem o que vai acontecer nos próximos 12 anos com alguém que quer muito, que quer mesmo muito, ser presidente da câmara", numa referência a Marco Almeida.
"Uma câmara municipal não é um mealheiro. De que vale a pena termos 300 ou 400 milhões de euros no banco, quando as ruas estão esburacadas, não estão limpas, não há desenvolvimento, não há apoios sociais", a "vila não cresce, não há apoio às freguesias", questionou o social-democrata, notando que o investimento realizado podia ter sido "alavancado em fundos comunitários".
O secretário-geral do PSD admitiu que Marco Almeida, que se candidata pela terceira vez, teria avançado com ou "sem apoio" partidário, porque a sua "candidatura vale muito mais que os partidos que a compõem".
"Para ganharmos esta eleição, que vai ser uma eleição disputada até ao fim, vai ser uma eleição difícil, nós vamos precisar muito mais do que aqueles que votam sempre no PSD, na Iniciativa Liberal, no PAN", vincou.
Na sua intervenção, Fernando Seara dirigiu-se a Manuela Ferreira Leite, mandatária da candidatura de Marco Almeida, dizendo que iam "fazer as pazes", recordando que em dezembro de 2001 ganhou a câmara à socialista Edite Estrela "sem querer" e quando a então presidente da distrital de Lisboa do PSD se deslocou a Sintra numa "noite chuvosa" para o cumprimentar, lhe disse "doutora, desapareça", pois "alterou por completo" a sua vida.
O também advogado e comentador desportivo admitiu que fez "mal nesse dia", como "em outros momentos" da sua vida, e agradeceu à antiga ministra social-democrata.
Passando em revista a obra realizada em três mandatos, Seara considerou o seu antigo vice-presidente como "um homem sem medo dos grandes poderes informais e até dos formais", e que "a sua preocupação são os cidadãos, os sintrenses, sempre os sintrenses, que nunca abandonou, nem de certo abandonará".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.