João Cotrim Figueiredo exige explicações do Governo.
O líder da Iniciativa Liberal (IL) considerou esta quarta-feira que a demissão da secretária de Estado do Tesouro "não resolve o problema" e que há explicações que têm de ser dadas pelo Governo, apontando responsabilidades ao ministro Pedro Nuno Santos.
"A saída não resolve o problema porque há questões do próprio acordo de saída de Alexandra Reis da administração da TAP que não estão esclarecidas", disse João Cotrim Figueiredo à agência Lusa.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, pediu na terça-feira à noite à secretária de Estado do Tesouro que se demitisse, e Alexandra Reis sai do Governo menos de um mês depois de ter tomado posse, em 2 de dezembro, naquela que é a passagem mais curta pelo XXIII Governo Constitucional.
O ainda presidente da IL apontou que "este caso está no princípio" e defendeu que "há explicações que a CEO da TAP ainda tem que vir dar e há sobretudo explicações que o ministro Pedro Nuno Santos e o ministro Fernando Medina têm que dar, não eximindo aqui de responsabilidades o primeiro-ministro que, como sempre, esperou até saber de onde é que o vento estava a soprar, para tomar uma posição".
O liberal indicou que "quem tem responsabilidades sobre o que se passa na gestão da TAP é o acionista, é o ministro que tutela a TAP, que é Pedro Nuno Santos, que disse que quando foi injetado dinheiro público na TAP ele seria para que o Estado mandasse, e o Estado só não manda como não faz ideia do que lá está a acontecer e que tipo de acordos que são feitos".
"Há matérias importantes e graves que tem de ser apuradas do ponto de vista da gestão interna da TAP e também da responsabilidade política de quem está a tutelar essa mesma empresa", salientou.
João Cotrim Figueiredo sustentou que foi o ministro das Infraestruturas e da Habitação "que escolheu a CEO, foi ele que reconduziu esta administradora que entretanto se demitiu do Governo agora e portanto tem muitas responsabilidades, até porque assumiu pessoalmente que uma gestão pública da TAP ia ser acompanhada de perto e, como se vê, nem de longe é acompanhada, quanto mais de perto".
O deputado da IL afirmou também que "não estão esclarecidos exatamente que fatores estiveram na origem do pedido de renúncia" de Alexandra Reis do cargo que exercia na TAP e "porque não foi usado o estatuto dos gestores públicos, que permitiria uma poupança significativa relativamente aos valores que foram efetivamente pagos".
"No comunicado à CMVM de fevereiro, a presidente da comissão executiva [da TAP] informou o mercado de que teria havido um pedido de renúncia. Hoje sabemos que isso não terá sido assim, enganar, mentir ou induzir em erro o mercado é um crime grave e tem de ser apreciado", acusou João Cotrim Figueiredo.
O ministro das Finanças justificou que pediu à secretária de Estado que se demitisse para "preservar a autoridade política do Ministério das Finanças num momento particularmente sensível na vida de milhões de portugueses".
Alexandra Reis esteve envolvida nos últimos dias numa polémica relacionada com a TAP, após o Correio da Manhã ter noticiado no sábado que esta recebeu uma indemnização no valor de 500 mil euros por sair antecipadamente do cargo de administradora executiva da companhia aérea portuguesa, quando ainda tinha de cumprir funções durante dois anos.
Meses depois, foi nomeada pelo Governo para a presidência da Navegação Aérea de Portugal (NAV), de onde saiu para integrar o executivo liderado por António Costa.
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