Presidente da República referiu-se a eventuais negociações entre NATO e a Federação Russa.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta quarta-feira que o diálogo entre a NATO e a Federação Russa sobre a Ucrânia deve prosseguir, embora ressalvando que "há pontos que são inegociáveis", sem escalada de tensão.
Após discursar numa conferência sobre regionalização, no Cinema São Jorge, em Lisboa, questionado pelos jornalistas sobre as declarações do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, de que "há um sério risco de um novo conflito armado na Europa", o chefe de Estado respondeu que a posição de Portugal sobre esta matéria já foi transmitida pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e que é também a sua.
"Só temos uma política externa", salientou. "Nós entendemos que não faz sentido qualquer escalada que corresponda a uma tensão acrescida", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, defendendo que "o diálogo em curso, que envolve os Estados Unidos da América, os europeus aliados dos norte-americanos no quadro da NATO e, do outro lado, a Federação Russa, deve prosseguir".
O Presidente da República referiu que "já foi explicado pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Sul (NATO), mas já tinha sido pelo Presidente norte-americano e por vários dirigentes europeus, que o diálogo tem pistas importantes para prosseguir, mas não em questões fundamentais, relativamente às quais a posição da NATO é conhecida e não está disponível para mudar".
"Do que se trata, como em todos os diálogos, é que há pontos que são inegociáveis e há outros pontos importantes e úteis para o desanuviamento, que esses podem ser faláveis", acrescentou.
Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que o diálogo "é bom para a estabilização em termos não só europeus, mas globais, mas é bom também para a própria realidade económica e social" e que um agravamento da tensão "não é bom para os mercados em geral, não é bom para os investidores, não é bom para o crescimento económico ainda numa situação pandémica em muitos países".
"É um fator de ruído que em si mesmo se deve ultrapassar, mas que tem um preço económico e social que nós bem conhecemos", reforçou.
Hoje realizou-se uma reunião do Conselho NATO/Rússia, no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas. Este fórum de cooperação criado em 2002 não realizava uma reunião formal desde 2019.
A Ucrânia e a NATO denunciaram nos últimos meses a concentração de um grande número de tropas russas perto da fronteira ucraniana, considerando tratar-se do prelúdio de uma invasão.
A Rússia rejeita ter uma intenção bélica nestas manobras e exige qualquer futuro alargamento da Aliança Atlântica e o fim das manobras militares ocidentais perto das suas fronteiras.
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