"Nós precisamos de pessoas com ousadia que estão disponíveis para mudar o estado de coisas", disse o primeiro-ministro.
O presidente do PSD afirmou, esta segunda-feira, que são os imigrantes em Portugal quem mais o aborda para defender a política de imigração do Governo e, na Amadora, manifestou-se confiante "no virar de página" com a vitória de Suzana Garcia.
Num comício de fim de tarde ao ar livre na Damaia, no concelho da Amadora, Luís Montenegro elogiou a candidata da coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM/RIR, até pelo "picante e alguma polémica".
"Nós precisamos de pessoas com ousadia que estão disponíveis para mudar o estado de coisas e não dos que estão conformados e não resolvem coisa nenhuma", disse.
Na Amadora, o também primeiro-ministro disse querer reforçar uma ideia sobre a política de imigração do Governo.
"Muitas das pessoas que me abordam na rua para me incentivar a termos uma imigração regulada são os imigrantes que estão em Portugal, eles são os maiores defensores da política de imigração que nós temos hoje no nosso Governo", afirmou.
O líder social-democrata considerou que é possível existir "uma convivência sã" com os imigrantes, "uma convivência que é a expressão da portugalidade".
"Nós fomos sempre um país aberto ao mundo. Nós fomos um país que se lançou pelo mar adentro à procura do convívio com outras culturas, da capacidade de construir pontes. Mal era que nós não fizéssemos isso no nosso próprio território", afirmou.
Sobre a candidatura de Suzana Garcia, disse ter "confiança redobrada" na vitória a 12 de outubro, considerando que tal significará "um virar de página na Amadora".
"Querem continuar com um concelho desordenado? Querem continuar com um concelho com o lixo por recolher? Querem continuar com uma Câmara que se queixa da insegurança em vez de contribuir para a segurança? Se querem continuar assim, não votam nesta candidatura. Mas se querem mudar e resolver, então têm de votar nesta coligação, têm de votar na Suzana Garcia", apelou.
Antes, a candidata abordou também a questão da imigração, dizendo querer manter no concelho "a multiculturalidade" que torna a Amadora "absolutamente incomparável" em todo o país.
"Mas o abraço a essa multiculturalidade não irá ser uma renúncia à nossa própria culturalidade. Iremos apoiar todas as pessoas, mas, em primeiro lugar, nós próprios", afirmou.
Suzana Garcia deixou ainda fortes críticas à gestão socialista do concelho e avisou que "votar em outros" partidos para lá da coligação é reforçar o voto no PS.
"Votar em qualquer outra solução que não nós é permitir que este cancro continue a proliferar com as suas células metastáticas", disse.
Antes do comício, Montenegro e Suzana Garcia fizeram um breve contacto com a população na Damaia, onde foram distribuídas flores cor de laranja e vernizes transparentes, um símbolo -- segundo a candidata -- da transparência das suas propostas.
Durante o percurso, o líder do PSD foi questionado se se revia na proposta da candidata de "erradicar a Cova da Moura"..
"Eu revejo-me naquilo que são os princípios e valores das nossas candidaturas e também da Suzana Garcia, que é uma pessoa com uma altíssima sensibilidade social, com uma paixão por esta terra que é notável", disse, acrescentando que "é da discussão que muitas vezes nascem as boas soluções".
Ao lado de Luís Montenegro e Suzana Garcia andou também o eurodeputado Sebastião Bugalho, que irá protagonizar algumas iniciativas da volta nacional do PSD quando o líder estiver ausente, com agenda de primeiro-ministro
Questionado sobre o significado dessa "substituição", Montenegro considerou que o cabeça de lista do PSD nas últimas europeias tem sido "uma ajuda muito, muito importante nesta campanha" autárquica.
"Como é público e notório, eu não consigo estar sempre disponível e, em várias ocasiões, como vai acontecer esta semana, terei de cumprir as minhas responsabilidades como primeiro-ministro, nomeadamente numa reunião informal do Conselho Europeu", disse, referindo-se à deslocação a Copenhaga, na quarta e quinta-feira.
Já à pergunta se o vê como um futuro líder partidário, o primeiro-ministro preferiu classificar Sebastião Bugalho como "um quadro altamente qualificado" do PSD, recordando que foi ele quem assinou a sua ficha de militante.
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