Tema da corrupção fez explodir o bate-boca.
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Começou morno o frente a frente de quinta-feira entre o secretário-geral do PS, António Costa, e o presidente do Chega, André Ventura, na RTP1. A pandemia foi o menu de entrada, com o primeiro-ministro a acusar Ventura de ser negacionista: “O sr. deputado teve a infelicidade de ser contaminado e ainda diz que tem dúvidas se deve ou não ser vacinado, eu fico arrepiado.”
Ventura criticou Costa “por se preocupar mais com a saúde pessoal do líder do Chega do que com a saúde dos portugueses”, mas lá acabou por garantir: “Como tive Covid não me pude vacinar imediatamente, mas quero-me vacinar.”
O debate começou a aquecer com Costa a acusar Ventura de “falar, debitar e não dar a conhecer o programa do Chega”. Ventura fugiu ao tema mas contra-atacou dizendo que este Governo protagonizou “o maior aumento de impostos”. O líder do PS contrariou, lembrando que foi este Executivo que “baixou o IVA na restauração” e apontou “a injustiça social de uma taxa única de IRS” como defende o Chega. “O seu legado são 400 mil novos pobres e 500 mil pensionistas que perderam o poder de compra”, atirou o deputado único. A seguir, Costa recordou que “o deputado era militante do PSD que cortou as pensões”.
O tema da corrupção fez explodir o bate-boca. Costa afiou as garras: “Comigo o Chega não passa, há um muro que nos separa, o sr. foi inspetor tributário e depois foi aconselhar a fugir ao fisco.” André Ventura negou e retorquiu: “O ministro da Justiça trazer a corrupção para cima da mesa é de bradar aos céus. Devia pedir desculpa aos portugueses.”
O presidente do PSD, Rui Rio, não escapou às críticas do líder socialista: “Não estou aqui para moderar ou mitigar o Chega.” Mesmo antes de terminar o frente a frente, Ventura acusou Costa de ter sido apanhado em escutas “a tentar interferir” no processo Casa Pia, em 2003. E o líder do PS respondeu: “Lembre-se sempre do seguinte, a última vez que fez acusações num debate acabou o senhor condenado no Supremo Tribunal de Justiça” - uma alusão à sentença por ofensas à família Coxi, residente no Bairro da Jamaica, no concelho do Seixal.
“regime podre”
O partido Ergue-te assume-se contra um “regime podre e corrupto”, querendo “fazer um apagão geral”. Defende a revogação da Constituição.
BE por salários dignos
O BE defende “uma alteração profunda” na legislação laboral para evitar o ‘dumping’ nos salários de quem trabalha para o Estado.
PSD promete subsídio a pais que dividam trabalho parcial
Se ganhar as Legislativas de 30, o PSD promete conceder um apoio aos pais que optem por trabalhar a tempo parcial desde o fim da licença parental até o filho completar um ano de idade, adiantou ao CM Jorge Bravo, coordenador da área de Trabalho e Segurança Social do Conselho Estratégico Nacional do PSD. Esta medida faz parte do programa eleitoral que os sociais-democratas apresentam esta sexta-feira em Lisboa.
O objetivo é que depois dos cinco meses de licença, "os progenitores possam partilhar o trabalho a tempo parcial, seja presencial ou à distância, de modo a promover a igualdade de género", sublinhou Bravo. Será obrigatório que os dois estejam em trabalho parcial, "exceto quando se trate de pai ou mãe solteiros", salvaguardou. Facilitar o acesso ao subsídio de desemprego dos que mais foram afetados pela pandemia através da redução de 360 para 180 dias do prazo de garantia é outro dos pontos do programa. A medida é idêntica à do atual Governo. A diferença, esclarece Bravo, "está no facto do programa do PSD prever que esta flexibilização se possa aplicar sempre que há um choque económico".
A irresponsabilidade do "arraial" contra o bloqueio do crescimento
Um debate morno, em que os ataques de Catarina Martins, em especial no que respeita ao combate à pandemia, teve da parte de Cotrim de Figueiredo acusações de bloqueio total ao crescimento económico.
A coordenadora do Bloco (BE) acusou a Iniciativa Liberal (IL) de ter votado sempre "contra as medidas sanitárias", dando o exemplo do arraial dos Santos Populares, organizado pela IL, como "uma irresponsabilidade". O presidente da IL disse que só o seu partido "se preocupa com o crescimento económico do País" e que o BE é "a principal força de bloqueio".
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