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Paulo Rangel acusa Governo PS de não ter resolvido problemas do Ministério dos Negócios Estrangeiros

Ministro afirmou que os governos liderados por António Costa, "tratavam da política externa, nem sempre com a melhor das orientações".

05 de novembro de 2025 às 23:19

O chefe da diplomacia portuguesa acusou esta quarta-feira a anterior governação socialista de não ter resolvido "os problemas" do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), sublinhando a aposta na "valorização dos recursos humanos".

"Estamos mesmo a resolver os problemas da casa, que ficaram completamente desguarnecidos durante oito anos de governação socialista", afirmou esta quarta-feira Paulo Rangel durante a audição conjunta, sobre o Orçamento do Estado de 2026, pelas comissões de Orçamento, Finanças e Administração Pública, dos Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e dos Assuntos Europeus.

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros afirmou que os governos antecessores, liderados por António Costa, "tratavam da política externa, nem sempre com a melhor das orientações -- nomeadamente na questão do alargamento da União Europeia - mas não tratavam da casa".

"A valorização dos recursos humanos é o traço principal" do OE2026, que contempla mais de 234 milhões de euros para despesa com pessoal, um aumento de 9,4% em relação a este ano, salientou Rangel.

Isto, sublinhou, "não tira nada à prioridade à política externa", mas esta exige "um quadro de diplomacia e de funcionários que esteja estabilizado e com uma situação justa e sustentável, mesmo que não a ideal".

Numa intervenção posterior, João Torres (PS) reprovou os comentários de Rangel.

"Fica mal ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros parecer permanentemente acicatado com a anterior governação. É injusto e a responsabilidade que tem perante o Governo, o país e outros países exige um pouco mais", comentou o deputado socialista.

Na réplica, Rangel negou e devolveu a acusação a João Torres.

"É como fazem as crianças, quem diz é quem é", comentou.

"Sei que não gostam, mas tem de ser dito, temos de comparar os desempenhos do Governo da Aliança Democrática com os anteriores", disse.

Referiu ainda que, quando chegou ao Palácio das Necessidades, encontrou "um sem fim" de quotas de organizações internacionais em atraso.

Em 2024, o Governo regularizou estes pagamentos e antecipou alguns que eram devidos este ano e, "porque há margem orçamental, vai adiantar em 2025 contribuições que eram devidas em 2026".

"Estamos com folga orçamental, ao contrário do que alguns profetas da desgraça para aí andam a dizer e que são desmentidos pelas estatísticas europeias", comentou.

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