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PCP opõe-se aos projetos solares previstos para o distrito de Castelo Branco

Partido apelou ao Governo e às autarquias para que suspendam os respetivos processos de licenciamento em curso.

20 de novembro de 2025 às 11:27

O PCP de Castelo Branco disse esta quinta-feira estar contra os projetos das centrais solares fotovoltaicas Sophia e da Beira, e apelou ao Governo e às autarquias para que suspendam os respetivos processos de licenciamento em curso.

"Os projetos [centrais solares] Sophia e Beira, que abrangem os concelhos de Castelo Branco, Fundão, Idanha-a-Nova e Penamacor, não servem nem os interesses do distrito nem do país", afirmou a Direção da Organização Regional de Castelo Branco (DORCB) do PCP, em comunicado enviado hoje à agência Lusa.

Os comunistas expressaram forte preocupação com estes projetos solares e defenderam que o recurso a energias renováveis "é essencial, mas não pode justificar tudo".

O projeto da central fotovoltaica da Beira contempla a instalação de 425.600 módulos fotovoltaicos, com uma potência total de 266 Megawatt (MW), numa área de 524,4 hectares dos concelhos de Castelo Branco (Monforte da Beira, Malpica do Tejo, Benquerenças, União das Freguesias de Escalos de Baixo e Mata e Castelo Branco) e em Idanha-a-Nova (Ladoeiro e União das Freguesias de Idanha-a-Nova e Alcafozes).

Já a central solar fotovoltaica Sophia abrange os municípios do Fundão, Idanha-a-Nova e Penamacor, no distrito de Castelo Branco, e representa um investimento ronda os 590 milhões de euros, para uma capacidade de 867 MWp (Megawatt pico).

Trata-se de um projeto com 390 hectares de área ocupada por módulos fotovoltaicos, 435 hectares considerando todas as infraestruturas, e um total de 1.734 hectares de área vedada.

Para o PCP, estes dois projetos atualmente em discussão no distrito de Castelo Branco "visam sobretudo o lucro rápido das grandes multinacionais do setor energético, sem benefícios reais para as populações".

"Acrescentam [os projetos] pressão sobre solos agrícolas e áreas ambientalmente sensíveis, afetam a paisagem e a identidade cultural das aldeias, e têm impactos significativos na biodiversidade, sobretudo dada a proximidade à Serra da Gardunha e ao Tejo Internacional", vincaram.

Os comunistas deixaram um apelo ao Governo e às autarquias envolvidas no processo para que suspendam os processos de licenciamento em curso e para que assegurem que futuras centrais fotovoltaicas sejam instaladas em zonas onde os impactos negativos sejam minimizados.

"O PCP está solidário com a luta das populações, contra a construção destes projetos que muito afetará a sua vida, com graves impactos para a agricultura e biodiversidade das freguesias e dos concelhos".

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