Em janeiro uma garagem foi engolida por uma cratera na zona de Guinfões, adiantou o vereador Bruno Pereira.
O PSD/Matosinhos acusa a câmara de "negligência", responsabilizando-a por "eventuais danos físicos e patrimoniais" devido a casas "em risco de derrocada" em Guifões e a autarquia diz ter alertado os moradores para o "risco de colapso" das habitações ilegais.
Numa nota de imprensa do PSD, o vereador Bruno Pereira "exige a rápida resolução do problema e a atuação de imediato no local" onde em janeiro uma garagem foi engolida por uma cratera, porque "a qualquer momento pode ocorrer uma derrocada total das habitações".
Contactada pela Lusa, a Câmara de Matosinhos indicou esta sexta-feira, através de fonte oficial, que notificou os moradores do "risco de colapso" das "sete casas ilegais", edificadas "em leito de cheia da ribeira de Linhares", assinalando que uma equipa técnica está a acompanhar o caso.
"Está a ser feito o acompanhamento da situação por parte da autarquia que contratou uma equipa técnica para o efeito, uma vez que vai ser necessária uma intervenção na linha de água que atravessa aquele território, sendo que o projeto está já a ser elaborado", indicou o município numa resposta escrita.
De acordo com a câmara, "a Comissão de Vistorias da Matosinhos Habit fez uma vistoria ao local e notificou todos os proprietários das habitações da rua Silva Passos e da travessa do Regadio alertando para os riscos de colapso das habitações.
A autarquia disse ainda que as casas "estão inseridas numa AUGI - Área Urbana de Génese Ilegal e todas as sete habitações notificadas se encontram em situação ilegal".
Para o PSD, é "desumana a falta de consideração" que a presidente da autarquia, Luísa Salgueiro (PS), "demonstra para com os seus munícipes".
O vereador do PSD alerta que "estes munícipes pagam impostos sobre os seus imóveis e, mesmo que estes sejam eventualmente de génese ilegal, na hora da coleta de taxas e impostos, a autarquia assobia para o lado e para a autarquia são legais".
O social-democrata observa também que, "perante uma situação análoga na zona empresarial de Leça do Balio, o executivo socialista não olhou aos custos financeiros para resolver um problema".
"Luísa Salgueiro, perante situações semelhantes, intervém estranhamente de forma diferente", criticou.
Já a câmara indica existir "uma grande diferença" entre a situação de Guifões e a que aconteceu na zona industrial do Barroco.
No caso de Guifões, a linha de água "passa por baixo das habitações, ou seja, no subsolo de propriedade privada, o que impede autarquia de intervir".
"O coletor da zona do Barroco passa no espaço público, o que permitiu que a câmara iniciasse as obras de reparação", justifica.
O município refere ainda que "o perito da Faculdade de Engenharia que está a colaborar com a câmara na situação do Barroco é o mesmo que está a acompanhar e a elaborar o projeto para Guifões".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.