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Fogo ameaçou casas e causou prejuízos em Loulé

Chamas aproximaram-se de habitações, mas não há registo de qualquer casa atingida.

03 de setembro de 2018 às 08:44

"Perdi tudo. Andei em França a sofrer para ganhar algum dinheiro e fiquei sem nada. Tinha muitos sobreiros que agora estão feitos em carvão", lamenta Virgílio Pereira, de 84 anos, que teve o fogo junto a sua casa.

Esta é uma das pessoas afetadas pelo incêndio que eclodiu por volta das 11h30 de sábado na zona do Ameixial, em Loulé, e depois alastrou a Almodôvar, no Alentejo.

O fogo foi dominado na noite de sábado, mas ao final do dia de domingo ainda se mantinham no local quase três centenas de operacionais, de forma a evitar reacendimentos.

Mariana Viegas, que também teve o fogo a rondar a sua casa, sofreu igualmente grandes prejuízos. As chamas consumiram "uma cerca onde estava aveia" para alimentar os animais, bem como destruiu "as vedações" e as árvores que tinha "numa propriedade".

A comandante Lucínia Viana, que se encontrava este domingo à frente das operações de combate ao incêndio, revelou ao CM que foram registadas "pequenas reativações pontuais", as quais foram "rapidamente respondidas pelos meios que estão no teatro de operações".

Os bombeiros contaram com o apoio de "10 máquinas de rasto" para efetuar os trabalhos de consolidação e rescaldo de todo o perímetro do incêndio.

Esta responsável referiu não ter qualquer informação de que tenha havido danos em habitações ou necessidade de evacuação de aldeias.

A zona de serra onde o fogo lavrou é constituída sobretudo por mato e sobreiros.

Existem pequenas povoações dispersas, que tiveram de ser protegidas pelos bombeiros.

Pormenores

Combate

O presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, considera que a operação de combate ao incêndio "correu bem", realçando "a resposta musculada" que foi dada para debelar as chamas.

Origem do fogo

As autoridades ainda estão a investigar as causas do incêndio, mas alguns populares comentavam este domingo a hipótese de que possa ter sido provocado inadvertidamente por uma máquina agrícola.

Segundo fogo

Depois do grande incêndio que deflagrou no início de agosto na serra de Monchique, este é o segundo fogo de grandes dimensões registado no Algarve e que depois alastrou ao Alentejo.

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