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MP acusa Bruno de Carvalho de 98 crimes, incluindo terrorismo e sequestro

Ex-presidente do Sporting está em liberdade mas foi incluído na acusação do caso de Alcochete.

16 de novembro de 2018 às 10:29

O Ministério Público acusa Bruno de Carvalho de ser o autor moral do ataque a Alcochete. Na acusação, a procuradora Cândida Vilar acusa o ex-presidente de 98 crimes, entre os quais terrorismo, sequestro, ofensa à integridade física qualificada, ameaça agravada e detenção de arma proibida.

O MP considera que o ex-presidente do clube leonino foi o principal instigador do ataque concretizado por membros da Juve Leo e de um uma fação mais radical desse grupo, os "casuals".

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Vídeo mostra novas imagens do ataque à Academia do Sporting em Alcochete

De acordo com partes do despacho de acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, Bruno de Carvalho está acusado de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados.

Os mesmos crimes são imputados a Nuno Mendes, líder da claque Juventude Leonina, conhecido por Mustafá, e Bruno Jacinto, que à data dos factos tinha as funções de oficial de ligação do Sporting aos adeptos e que está em prisão preventiva desde 9 de outubro. Mustafá está também acusado de um crime de tráfico de droga.

A procuradora adianta que Bruno de Carvalho criou um clima de violência nas semanas que antecederam o ataque a Alcochete, como com a publicação que fez no facebook apos o jogo como Atlético de Madrid, e sujeitou os jogadores do Sporting a um tratamento não compatível com a natureza humana.

Os atletas viveram momentos de pânico e de incerteza no entender da acusação. Bruno de Carvalho faz ameaças físicas diretas a William Carvalho, "dizendo que, se lhe quisesse bater, não precisava de chamar ninguém para o fazer". As palavras do dirigente provocaram nos jogadores "medo" e "receio pelas suas vidas".

O Ministério Público diz que os 44 arguidos agora acusados criaram um clima de medo e intimidação e infligiram sofrimento fisico e psicologico aos ofendidos que ficaram privados da liberdade. A acusação diz também que os factos levaram alguns dos melhores atletas de alta competição a abandonar o pais provocando graves prejuizos ao Sporting.

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