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Árvores plantadas de avião em Silves

500 hectares em zona de difícil acesso. Usadas sementes pré-germinadas.

27 de dezembro de 2018 às 08:44

A primeira sementeira aérea no Algarve vai ser testada, no concelho de Silves, no final de janeiro, em zonas de difícil acesso.

A iniciativa vai abranger um total de 500 hectares e tem como objetivo "testar novas modalidades de proteção do solo depois do incêndio que deflagrou em Monchique", disse ao CM Miguel Freitas, Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural.

A plantação faz parte da Ação de Estabilização de Emergência Pós-Incêndio, que começou a 18 de dezembro.

Os trabalhos vão ser realizados por elementos do Corpo Nacional de Agentes Florestais do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas, Força Especial de Bombeiros da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Grupo de intervenção e proteção de socorro da GNR e por equipas de Sapadores Florestais, com um conjunto de técnicas destinadas a reduzir a erosão nas áreas florestais, na sequência do fogo que destruiu 27 mil hectares.

Miguel Freitas explicou que se trata de "intervenções de emergência", com as sementeiras aéreas a serem realizadas nas herdades da Parra e Santinhas, que pertencem ao Estado.

O governante adiantou que o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária irá "escolher as sementes adequadas", que serão lançadas de avião já "pré-germinadas".

O objetivo é criar "prados e pastagens para as espécies cinegéticas", permitindo, ao mesmo tempo, "aguentar o solo, que é pobre".

Esta medida poderá ainda contribuir "para melhorar a estrutura desse solo". Os terrenos ardidos em Silves eram sobretudo mato, ao contrário da serra de Monchique, onde existia floresta. 

PORMENORES

Habitações sem apoios

Os pareceres para a reconstrução ou reabilitação das casas afetadas pelo fogo e que estão a menos de 50 metros do terreno vizinho têm sido negativos. Em causa estão 52 habitações.

Quatro concelhos

No Algarve, o incêndio de agosto atingiu os concelhos de Monchique, Silves, Portimão e Aljezur. Também afetou o concelho alentejano de Odemira.

Caça proibida

A caça está proibida nas zonas afetadas pelo incêndio até ao mês de maio do próximo ano. o objetivo é "restabelecer as populações de espécies cinegéticas que foram afetadas pelo fogo naquelas áreas rurais", de acordo com a portaria.

Apoios agrícolas

Já foram aprovadas 131 candidaturas para apoio agrícola. O Ministério da Agricultura vai continuar a avaliar candidaturas - a maioria é de Monchique.

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