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Pânico nos CTT com carta enviada a António Costa

Envelope continha selos internacionais e era endereçado ao primeiro-ministro. PJ analisa.

10 de janeiro de 2020 às 01:30
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Pânico nos CTT com carta enviada a António Costa

O material, que se revelou "não perigoso, sem explosivo ou material químico", foi recolhido pela PJ. Mas causou pânico durante cinco horas, com centenas de pessoas retiradas para a rua enquanto Costa debatia o Orçamento no Parlamento.

Segundo explicaram ao CM várias fontes policiais, o alerta foi às 12h30. Os funcionários isolaram o envelope e abandonaram o local. Foram os próprios CTT que, tendo em conta o destinatário, alertaram a PJ. Elementos da Unidade Nacional Contra-Terrorismo (UNCT) fizeram uma primeira análise e solicitaram, pelas 14h30, a intervenção dos especialistas do Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo (CIEXSS) da PSP.

Ao mesmo tempo foram mandados retirar os funcionários do interior do centro de distribuição e triagem e patrulhas da PSP estabeleceram um perímetro de segurança, dentro do qual estiveram de prevenção elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa com a valência e equipamentos NBQ (nuclear, biológico e químico) - como preveem os protocolos para alertas de bomba, explicou ao CM fonte policial.

Os elementos do CIEXSS fizeram uma análise visual exterior e depois por raio-x do envelope e do seu interior. Concluíram que não havia perigo, que a ameaça "não era real" e às 17h00 entregaram o envelope em mãos à PJ no local. Foi transportado para o Laboratório de Polícia Científica, onde será submetido a exames para determinar origem, e para o Instituto Ricardo Jorge.

O perímetro policial foi levantado às 17h10, quase cinco horas após ser implantado. Durante esse tempo foram centenas os funcionários e populares que se concentraram no local.

CTT vão fazer averiguação interna com as polícias

Os CTT de Cabo Ruivo fazem a separação da correspondência para grande parte de Lisboa, bem como encomendas para todo o País. Ao CM, os CTT adiantam que, em relação a quinta-feira, "desenvolverão internamente as averiguações que se revelarem pertinentes e sempre em colaboração com as autoridades oficiais". "Não divulgamos [os protocolos internos de segurança]", referiram, sem adiantar também o número de vezes que, em 2019, chamaram as polícias por causa de objetos suspeitos.

PORMENORES

Medo depois do alerta

Ao CM, um trabalhador relatou que o episódio causou alguma apreensão entre os funcionários da loja: "Houve colegas que tiveram medo, mas eu estou calmo. O que nos disseram foi que houve uma ameaça de bomba. Quando cheguei já estava a PSP e a PJ no local. Já estamos aqui fora há duas horas e tudo o que nos resta agora é esperar."

Incidente sem feridos

Os Bombeiros Sapadores de Lisboa e uma equipa do INEM foram acionados para o local. Apesar do aparato, os funcionários não precisaram de receber cuidados de pré-emergência hospitalar.

Trânsito afetado no local

Os meios de socorro mobilizados para aquela zona da cidade causaram condicionamentos ao trânsito na avenida Marechal Gomes da Costa, na zona Oriental de Lisboa. Durante cerca de cinco horas duas faixas estiveram cortadas à circulação.

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